Morreu, na tarde desta quinta-feira (14), no Instituto do Coração (Incor), em São Paulo, o ex-ministro da Justiça Fernando Lyra, aos 74 anos. De acordo com informações repassadas pelo irmão do ex-ministro e vice-governador de Pernambuco, João Lyra Neto, a morte aconteceu às 17h03 (horário de Brasília). O corpo do político chega ao Recife às 11h desta sexta-feira (15). O velório ocorre na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), com visitação aberta ao público a partir de meio-dia. O sepultamento está marcado para as 17h, no cemitério Morada da Paz, em Paulista, no Grande Recife.
Em nota oficial, o Incor informou que a causa da morte do ex-ministro foi falência de múltiplos órgãos. "O ex-ministro estava internado para tratamento de descompensação de insuficiência cardíaca congestiva grave (que o acometia há aproximadamente 20 anos), associada a quadro de infecção sistêmica e à insuficiência renal aguda", diz a nota.
Histórico
O ex-ministro foi internado no dia 29 de dezembro de 2012, no Real Hospital Português, no Recife, com infecção urinária e problemas cardíacos. Ele foi transferido no dia 5 de janeiro para o Incor, em São Paulo. Fernando Lyra havia saído da UTI do Incor no dia 9 de janeiro, após a infecção urinária ser tratada, mas voltou em menos de 48 horas para a unidade de cuidados intensivos. Na época, João Lyra Neto informou que o coração do ex-ministro estava funcionando com 30% da capacidade. Outro ponto que preocupava a equipe médica era a retenção de líquido, que resultava em aumento de peso e mais dificuldade para a função cardíaca.
Fernando Lyra foi ex-deputado federal e um dos articuladores do nome de Tancredo Neves como candidato à Presidência da República, através do voto indireto no colégio eleitoral, em 1985. Com a morte do mineiro e a posse de Sarney como presidente, foi mantido no governo, como ministro da Justiça, por pouco mais de um ano.
Ultimamente, Fernando Lyra estava fora da vida pública e vivia ao lado da família, no bairro de Piedade, em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife. Ele deixou esposa e três filhas.
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