Eleição dos novos patrimônios vivos de Pernambuco na Academia Pernambucana de Letras — Foto: Felipe Bessa/Secult-PE
O concurso anual de Registro de "Patrimônios Vivos" elegeu mais dez mestres, mestras e grupos, nesta sexta (12). Com o resultado da eleição, realizada em reunião presencial do Conselho Estadual de Preservação do Patrimônio Cultural (CEPPC-PE), na Academia Pernambucana de Letras, o estado passou a ter 85 artistas e conjuntos contemplados.
De Goiana, na Zona da Mata Norte, foi eleita a Associação Grupo Cultural Heroínas de Tejucupapo, grupo de teatro ao ar livre e apresentações culturais.
De Tacaratu, no Sertão , foi escolhida a parteira e liderança religiosa Mãe Dora. De Petrolina, na mesma região, foi escolhido o grupo Samba de Véio da Ilha do Massangano.
Na Mata Norte, foi escolhido Mestre Calú, do segmento de cultura popular. Ele é considerado um tradicional mamulengueiro de Vicência.
Também está entre os eleitos o espetáculo performático musical de matriz afroindígena, religião de matriz afro-brasileiras Cambinda Velha, mas não foi divulgada a origem do grupo.
Entre os critérios considerados para a escolha dos patrimônios estão pontos como o risco de desaparecimento de determinadas linguagens, a vulnerabilidade social e os segmentos que têm pouca visibilidade e acessam menos os editais, entre outros.
A Lei Estadual nº 12.196, de 02 de maio de 2002, prevê que os "Patrimônios Vivos" recebam o pagamento de uma pensão vitalícia. Atualmente, para pessoa física, a bolsa é de R$ 2.041,53 e para pessoa jurídica, R$ 4.083,10.
Em contrapartida, eles devem participar de programas de ensino e de aprendizagem dos seus conhecimentos e técnicas organizados pela Secretaria de Cultura do Estado.