Voepass assume espaço da Gol no aeroporto da ilha — Foto: Ana Clara Marinho/TV Globo
A Gol Linhas Aéreas fechou a base de Fernando de Noronha, na segunda-feira (13), e demitiu os funcionários que ainda trabalhavam na ilha. A empresa não opera voos para Noronha desde outubro do ano passado, quando a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) proibiu o pouso de aeronaves turbojatos.
A determinação ocorreu porque a agência identificou problemas na pista do aeroporto de Noronha, como buracos e fissuras.
Quando os pousos de aviões de grande porto foram proibidos, a Gol informou que só retornaria a operação para a ilha com a conclusão das obras no aeródromo e a liberação dos pousos de boeings, aeronaves que utilizava para os voos em Fernando de Noronha.
Segundo informações de ex-funcionários da empresa, que pediram não serem identificados, em outubro de 2022 a Gol contava com 25 trabalhadores. Até segunda-feira (13) a companhia ainda mantinha cinco funcionários, que foram desligados.
O g1 entrou em contato com a Assessoria de Comunicação da Gol, para saber se existe plano de voltar a operar para Fernando de Noronha e os motivos do fechamento da base, mas até a publicação desta matéria não obtivemos resposta.
A outra empresa que atendia Fernando de Noronha quando foi determinada a proibição de pousos de tubojatos era a Azul, que passou a realizar as viagens com aviões tipo ATR e segue com os voos para a ilha.
No final de janeiro deste ano a companhia Voepassa deu início à operação com dois voos diários para Noronha com aeronaves ATR. Os funcionários da nova empresa passaram a trabalhar no espaço que era utilizado pela Gol, no aeroporto da ilha.
Apesar de trabalhar em parceria com a Gol, o diretor comercial de Voepass , Douglas Camargo, afirmou que a empresa vai seguir com os voos para Fernando Noronha, mesmo que a Gol retorne com as operações para a ilha.
A obra de manutenção da pista do aeroporto é de responsabilidade do governo do estado. Os representantes da gestão anterior informaram, em dezembro de 2022, que o serviço seria executado em um ano, com previsão de conclusão em outubro de 2023.
O g1 entrou em contato com a assessoria de comunicação do atual governo para confirmar o cronograma da obra, mas não obteve resposta até a publicação desta matéria.