Paraibana teve média 980 na redação do Enem 2017. — Foto: Ana Hellen/Reprodução
Ana Hellen Tavares, paraibana de 17 anos, fez o Enem pela primeira vez e desde o começo escolheu se dedicar a uma rotina diária para a prova de redação. “Por eu gostar muito de escrever, boa parte da minha rotina de estudos era voltada para redação. Era até divertido para mim passar uma tarde em cima de uma folha de rascunho de redação”, disse. Não atingiu a nota máxima, mas conseguiu uma pontuação de 980 que vai ajudar a conquistar o sonho de cursar psicologia.
Além de estabelecer uma rotina diária na escrita dos textos, pesquisar sobre temas políticos e sociais também se tornavam uma obrigação e ao mesmo tempo um prazer para os estudos. No cursinho especial para redação, o debate sobre o tema da prova do Enem de 2017 não chegou, mas passou perto.
“A gente debateu em uma aula sobre pessoas com deficiência de forma geral, mas não lembro de ninguém ter abordado de forma tão específica os surdos, porque ninguém esperava um tema tão fora das grandes pautas polêmicas de 2017”, comentou.
O tema da redação do Enem 2017 foi “Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil”. Antes de ver a prova, Ana Hellen esperava até por uma nota mil na redação, com base nos estudos exaustivos durante o ano. “Mas depois de dar de cara com aquele tema, fiquei bem grata por ter conseguido os 980”, brincou.
Ana Hellen tem 17 anos e fez o Enem pela primeira vez. — Foto: Ana Hellen/Arquivo Pessoal
Escrevendo uma redação por dia ou pelo menos três por semana, Ana Hellen conseguiu atingir uma ótima pontuação. “Minha professora, por ter mais experiência, sempre trouxe temas variados, e eu sempre ficava remoendo em cima dele”, explicou.
“Em casa, eu lembro de ter um post it na contracapa do caderno com todas as minha apostas de temas para o Enem, então eu acabava sempre revendo eles e algumas vezes refazendo temas antigos para manter o assunto em mente”, revelou uma das suas estratégias.
A pontuação da redação, somada às outras notas, vai ajudar na aprovação de Ana Hellen. “Passei três anos de ensino médio ouvindo que a nota da redação fazia grande diferença na média [geral] e agora eu vi que é verdade”, confessou.
Embora o tema tenha decepcionado a estudante, ela reforça a importância de falar sobre o assunto. “Depois da primeira decepção que eu tive na prova de humanas com a grande falta de história, filosofia e sociologia, eu levei outro baque ao ver o tema. Mas é aquilo que meu pai já me avisava... O Enem é uma caixinha de surpresas”, destacou.