Ibama retoma retirada de rebanho da TI Ituna-Itatá — Foto: Marcelo Penalber/Ibama
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) retomou a operação para a retirada de rebanho bovino da Terra Indígena (TI) Ituna-Itatá, que abrande os municípios de Altamira e Senador José Porfírio, região sudoeste do Pará.
Na última sexta-feira (2), 118 bovinos e 12 equinos foram transportados para fora do território indígena, e o Ibama estima que ainda falta retirar cerca de 700 cabeças de gado.
A operação começou em agosto do ano passado e já retirou 2.030 bovinos da Ituna-Itatá. Os trabalhos tinham sido suspensos em decorrência das chuvas na região.
Com a retomada das ações, o Ibama tenta impedir a entrada de novos invasores, combater os crimes ambientais na região e propiciar a regeneração natural da floresta, além de cumprir com uma decisão judicial.
A TI Ituna-Itatá está entre as áreas mais desmatadas da Amazônia e, segundo o Ibama, as ações de fiscalização impediram o avanço do desmatamento e impediu ainda entrada de invasores, que tornavam o local uma área de conflito e ameaças ao processo de demarcação do território indígena.
Área de desmatamento na Terra Indígena Ituna-Itatá, no Pará. — Foto: Reprodução / PF (Arquivo)
A ação de retirada dos animais conta com o apoio da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará), da Força Nacional de Segurança Pública, da Polícia Federal (PF) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Mapa localiza a terra indígena Ituna-Itatá — Foto: Rodrigo Sanches/G1
No ano passado, a Polícia Federal também deflagrou uma operação de combate a criação ilegal de gato e desmatamento da TI. Relembre:
Operação da Polícia Federal mira criação ilegal de gado e desmatamento em Ituna-Itatá