Por g1 Pará — Belém


Greve das universidades federais: UFPA tranca os portões em novo ato em Belém — Foto: Reprodução/Redes Sociais

Os portões da Universidade Federal do Pará (UFPA) foram fechados na manhã desta quarta-feira (15) em novo ato de greve, em Belém. A previsão é que o fechamento dos portões dure somente um dia.

A ação faz parte da greve nacional das instituições federais que está ocorrendo desde março, onde é reivindicado melhores condições de trabalho e salários para docentes e técnicos administrativos.

Durante a manhã desta quarta-feira a movimentação de servidores em frente à instituição foi intensa, além dos estudantes da universidade, que também apoiam as categorias.

O que está funcionando?

Os manifestantes estão permitindo a entrada de pacientes e público que precisa de atendimento no Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza, que funciona nas dependências da UFPA.

Para chegar ao local, o acesso está liberado pelo portão 4 e 5 da UFPA, na Avenida Perimetral. Os demais portões da Universidade permanecem fechados.

Greve na UFPA — Foto: Reprodução/Redes Sociais

Sobre a greve

A paralisação já chega ao 30° dia e não tem prazo para acabar, segundo o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior.

Além deles, desde março, os servidores técnico-administrativos (TAEs) das instituição e também da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) e da Universidade Federal Rural do Pará (Ufra), em Belém, estão com as atividades paralisadas.

Eles reivindicam recomposição salarial, reestruturação da carreira, revogação de atos autoritários e contrarreformas, a recomposição orçamentária e a isonomia entre aposentados e não aposentados.

Além de outras cobranças, os TAEs pedem que a reposição salarial, que soma perdas de até 50%, seja iniciada ainda em 2024.

Servidores e professores em frente ao IFPA. — Foto: Reprodução / Redes sociais

No último dia três de abril, professores e técnicos do Instituto Federal do Pará (IFPA) iniciaram greve também e ainda permanecem com os serviços interrompidos.

O que o Governo Federal diz

Em nota, o Ministério da Educação (MEC) informou "vem envidando todos os esforços para buscar alternativas de valorização dos servidores da educação, atento ao diálogo franco e respeitoso com as categorias". Diz ainda que no ano passado, "o governo federal promoveu reajuste de 9% para todos os servidores" e que equipes da pasta vêm participando das mesas de negociação.

Já o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos informou que formalizou a proposta de reajuste do auxílio-alimentação de R$ 658 para R$ 1 mil (51,9% a mais) a partir de maio, além do aumento em 51% nos recursos destinados à assistência à saúde suplementar (“auxílio-saúde”) e, ainda, de acréscimo na assistência pré-escolar (“auxílio-creche”) de R$ 321 para R$ 484,90.

Além disso, o MGI se comprometeu a abrir, até o mês de julho, todas as mesas específicas de carreiras solicitadas para dar tratamento às demandas e produzir acordos que sejam positivos aos servidores.

Como parte do processo de debates sobre reajustes para a educação, foram abertas mesas específicas para tratar de algumas carreiras.

"Dez mesas já chegaram a acordos e oito estão em andamento, sendo que com as entidades representativas das carreiras educacional, os Ministérios da Gestão e o da Educação criou um Grupo de Trabalho (GT) para tratar da reestruturação do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação (PCCTAE)", disse o MGI.

Ainda segundo o ministério, o relatório final do GT, entregue no dia 27 de março à ministra Esther Dweck, servirá como insumo para a proposta do governo de reestruturação da carreira, que será apresentada aos servidores na Mesa Específica de Negociação.

O Ministério da Gestão disse que segue aberto ao diálogo com os servidores da área de educação e de todas as outras áreas, mas não comenta processos de negociação dentro das Mesas Específicas e Temporárias.

VÍDEOS com as principais notícias do Pará

Confira outras notícias do estado no g1 Pará.

Veja também

Mais lidas

Mais do G1
Deseja receber as notícias mais importantes em tempo real? Ative as notificações do G1!