Edital da UFPA oferta curso de idiomas — Foto: g1 Pará
Professores e técnicos da Universidade Federal do Pará (UFPA) iniciaram uma paralisação na manhã desta terça-feira (6), reivindicando reajustes salarial e outros benefícios para a categoria. O movimento é nacional e está ocorrendo simultaneamente em outras instituições federais pelo país.
A previsão é que sejam dois dias de paralisação em que não haverá aulas na universidade, sendo uma das principais pautas dos manifestantes a recomposição dos salários, visto que não tiveram reajuste acima da inflação desde 2010. A categoria afirma que a perda já acumula 39% durante esse período.
"A gente quer ser valorizado, a conjuntura em tese deveria ser favorável para a nossa valorização, mas não estamos tendo esse retorno", declarou a diretora geral da Adufpa, Josilene Mota.
Professores e técnicos da UFPA fazem paralisação e cobram por reajuste salarial
Segundo os trabalhadores do setor técnicos-administrativos, a perda salarial gira em torno de 53%. Além disso, os servidores também solicitam a equiparação dos valores dos benefícios, como vale-alimentação, saúde e creche aos servidores do judiciário.
"Hoje é uma data de mesa de negociação, não é à toa que é um movimento nacional, inclusive em Brasília. Porém o governo mais uma vez adiou, agora para novembro", revelou Josilene Mota.
Os trabalhadores querem a inclusão do reajuste salarial na lei orçamentária anual de 2024. De acordo com os manifestante, existe uma negociação desde o início deste ano com o governo federal, porém até o momento sem nenhuma resposta satisfatória.
"A gente está propondo ao governo um acordo para recompor essas perdas nos próximos 3 anos. Teríamos um reajuste de 53% que iria recompor essa perda de 2010 à 2023 e garantiria a recomposição da inflação dos próximos 3 anos", disse Felipe Melo, técnico administrativo.
A Universidade Federal do Pará não tinha se manifestado até a publicação desta reportagem. A instituição permanece de portas aberta, porém sem aulas.