Por g1 Pará — Belém


O Arquipélago do Marajó detém o maior rebanho de búfalos do Brasil — Foto: Bruno Cecim/Agência Pará

A campanha de vacinação contra a febre aftosa em 15 municípios do Marajó foi prorrogada até o próximo dia 30. Nesta etapa devem ser vacinados animais de todas as idades, de acordo com a Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará). A região do Marajó possui o maior rebanho bubalino do Brasil, sendo o município de Chaves o maior produtor do arquipélago.

A expectativa do órgão é vacinar 600 mil animais no arquipélago, entre bovinos e bubalinos. Em 2021, o índice de cobertura vacinal na região alcançou 98,70%. Esta etapa da vacinação é realizada anualmente, por isso é feita durante 60 dias.

O aspecto climático impacta na vacinação na região. Áreas ficam alagadas em determinada época do ano, animais ficam soltos para se locomoverem, o que dificulta a vacinação.

Fator climático impacta na vacinação do rebanho — Foto: Alex Ribeiro/Agência Pará

Os municípios contemplados na Etapa Marajó são Afuá, Anajás, Bagre, Breves, Cachoeira do Arari, Chaves, Curralinho, Melgaço, Muaná, Ponta de Pedras, Portel, Salvaterra, Santa Cruz do Arari, São Sebastião da Boa Vista e Soure.

Os produtores rurais devem notificar a imunização do rebanho até 30 de outubro.

“A vacinação é a forma mais eficaz, até o momento, para que possamos ter a garantia da sanidade de nosso rebanho, o que nos levou ao patamar de maior exportador de boi vivo. Portanto, a dedicação e o empenho do produtor são fatores fundamentais para mantermos esse status, e com isso trazer maior valor agregado ao rebanho”, destacou Joylson Bentes Canto, gerente do Programa Estadual de Erradicação da Febre Aftosa (PEEFA).

A Adepará informa, ainda, que nas propriedades com até 20 cabeças de gado os agentes fazem a chamada Agulha Oficial, uma vacinação de responsabilidade do Serviço Veterinário Oficial, na qual os produtores recebem vacina doada pela Adepará.

O Pará, juntamente com os estados do Amapá, Amazonas e Roraima, integra o Bloco II do Plano Estratégico de Vigilância para Febre Aftosa, que tem como estratégia principal a manutenção de zonas livres da doença, de acordo com as diretrizes estabelecidas pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). O PNEFA (Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa) exige análise de cenários e esforços das iniciativas públicas e privadas para que, até 2026, a vacinação contra aftosa seja suspensa em todo o País.

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