Um grupo de 661 estudantes do Pará não pode realizar a segunda prova do Enem neste domingo (25). De acordo com informação repassada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o problema ocorreu na escola Nossa Senhora do Rosário que fica em Marituba, na Região Metropolitana de Belém. "Nós tivemos no Pará queda de energia e não estavam tendo condições adequadas para aplicação da prova em Marituba", disse o ministro da educação, Aloísio Mercadante (veja vídeo acima).
Ainda de acordo com o Inep, o exame não foi realizado porque faltou luz nos blocos 1 e 2 da escola. "Caiu uma árvore nas redondezas da escola. A Celpa chegou cerca de 1h30 após o ocorrido, então por isso eles ficaram prejudicados. Foi uma eventualidade", disse Clara Iunes, da Secretaria de Educação do Pará.
Em nota a Celpa, concessionária responsável pelo fornecimento de energia no Pará, disse que o problema foi causado por uma falha no alimentador que atende a área onde fica o colégio.
Segundo o Ministério da Educação, os 661 estudantes do Pará poderão fazer a prova no dia 2 de dezembro, a mesma data em que será realizada a prova do Enem para pessoas privadas de liberdade. Os estudantes que iriam fazer a prova do Enem no colégio Nossa Senhora do Rosário só precisarão fazer a avaliação ao domingo (25), pois as provas de sábado (24) ainda são consideradas válidas.
"A prova tem o mesmo padrão desta. Nós trabalhamos com a teoria de resposta ao item, onde as questões todas são pre-testadas. Então o nível de dificuldade de uma prova para a outra é sempre o mesmo. É um método de avaliação bastante consolidado internacionalmente, que nos dá segurança do grau de dificuldade. Eles farão uma nova prova nas mesmas condições, as mesmas regras de editais", explicou o ministro Mercadante.
Dia de prova
Os estudantes que fizeram Enem no Pará chegaram mais cedo neste domingo. No campus da UFPA, um dos locais mais movimentados do certame, um candidato atrasado afirmou ter sido prejudicado por fatores externos: Iranilson de Souza Cunha, de 36 anos, disse que se atrasou porque o trânsito no bairro do Guamá, onde fica o campus da UFPA, ficou complicado por conta de uma procissão religiosa.
Os candidatos do estado elogiaram o tema da redação, "A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira". O tema também foi considerado de extrema importância por entidades ligadas aos direitos das mulheres no estado. "Em algum lugar da sociedade ocorrem situações vistas como naturais que estimulam a violência contra elas. Este é um momento da conscientização da sociedade, para que se comece a quebrar esta naturalização", disse Luzia Alvares, coordenadora do Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Mulheres e Gênero da UFPA.