Com a chegada das férias, as atenções começam se voltar para a brincadeira que virou tradição nos céus da cidade. — Foto: Pixabay
O uso de material cortante em linhas de pipas, papagaios ou similares em locais públicos em Macapá é proibido pela Lei n° 1.455/05, que é conhecida como a “Lei do Cerol”. Com a chegada das férias, as atenções começam se voltar para a brincadeira que virou tradição nos céus da cidade.
Cerol e linha chilena são proibidos por lei — Foto: TV Globo/Reprodução
E o que poderia ser apenas diversão, também é sempre uma preocupação por conta do uso de materiais cortantes nas linhas que são usadas por crianças e também adultos.
O cerol é uma mistura cortante de vidro moído e cola que é passado na linha, o que a torna uma navalha ao ar livre. A linha afiada é capaz de cortar tanto linhas de outros empinadores, como também de causar acidentes em pessoas que circulam por estes ambientes ondem tem empinadores.
De acordo com a Guarda Civil, durante as abordagens, se for constatado cerol na linhas, o material será apreendido e as pessoas serão advertidas quanto ao uso.
A comandante da Guarda, Joeva Reis, explica que o principal objetivo da ação é orientar sobre a prática nociva. “Queremos orientar e conscientizar os participantes da brincadeira sobre os riscos do cerol, relatando fatos ocorridos e as consequências. A fiscalização ajuda a salvar vidas”, reforça Joeva.
Sobre as pipas, papagaios ou rabiolas
Antes de ser uma brincadeira, a função da pipa, de acordo com alguns escritos de 1200 a.C, era transportar homens pelos céus da China e observar o inimigo durante combates. Já as cores serviam de mensagens enviadas para os destacamentos militares.
Ao longo dos anos, a prática tornou-se recreativa, se espalhando pela Ásia, Europa, até chegar ao Brasil com os colonizadores portugueses em 1596, e curiosamente, no Quilombo de Palmares as pipas eram utilizadas para informar a todos se algum perigo se aproximava. Atualmente, nos países orientais elas têm significado místico de boa sorte e prosperidade.