O último dia de rock do Rock in Rio (antes do fim de semana "Pop in Rio") teve mais espaços vazios e um público que pareceu se poupar para o Slipknot.
Se o festival é um parque de diversões, o Slipknot foi o Castelo do Terror que faltava.
A banda de mascarados retornou ao festival após se apresentar em 2011 e foi a única a ganhar totalmente a plateia.
Embora os 85 mil ingressos tenham se esgotado, todos ficaram com a impressão de que a Cidade do Rock recebeu menos pessoas nesta sexta-feira.
O Rock in Rio não divulgou se o público foi menor que nas outras noites.
Teve (aparentemente) menos gente, mas quem foi viu Mike Patton, vocalista do Faith no More, mirando na plateia e acertando na grade e no chão.
Ele errou o pulo do palco e saiu mancando. Antes, o guitarrista Steve Vai botou seus fãs para cantarem riffs, em parceria com a Camerata Florianópolis.
O dia teve ainda dois shows bons mal recebidos (Mastodon e De La Tierra) e gente fantasiada mesmo com o calor de 39º.
Há quatro anos, o Slipknot fez grande abertura para o Metallica. Agora fez upgrade de categoria como atração principal, para um fã-clube dedicado. Corey Taylor parecia muito grato, falando bastante entre as músicas e pedindo "barulho para a família heavy metal". Teve até parabéns para o percussionista Clown. Leia mais.
Como no Rock in Rio 2011 e como no festival Monsters of Rock 2013, em São Paulo, o Slipknot refez a sentada no chão com pulo coletivo na música "Spit it out". Ao que parece, pode repetir o mesmo expediente quantas vezes quiser. A resposta continua a mesma. Leia a resenha do show e veja galeria de fotos do Slipknot
O vocalista do Faith No More, Mike Patton, caiu no fosso de fotógrafos durante show do Faith No More. Ele pulou da passarela que fica em frente ao palco, tentando ir direto ao público. Mas o salto foi mal calculado e ele acabou caindo entre o fosso onde ficam os fotógrafos e a grade. O show estava na terceira música, "Caffeine", quando Patton deu o salto frustrado. Depois, ele tentou minimizar o acidente. "Tranquilo", disse ele. Leia mais sobre a queda.
Steve Vai fez um show vibrante com a Camerata Florianópolis no encerramento do Sunset. O guitarrista virtuose americano de 55 anos fez a guitarra “falar”, com vários momentos de interação com a plateia e arranjos interessantes com a orquestra. O maestro brasileiro começou “regendo” os gritos do público. A violinista chamou atenção e teve um bom momento de solo. “Kill the guy with the ball” abriu com um duelo de frases musicais trocadas entre as cordas da orquestra e a guitarra. O arranjo era engraçado, nada meloso, e Steve parecia endiabrado. Leia mais sobre o show de Steve Vai.
Letícia Freitas, fã do Slipknot, veio de Belém do Pará somente para o show da banda. Para realizar o sonho de ser vista pelos seus ídolos, a auxiliar administrativa de 24 anos se vestiu com o macacão igual ao dos integrantes e com máscara. Após causar sensação entre os roqueiros, Letícia foi obrigada pela organização a colocar a máscara no guarda-volumes, que custa R$ 75. “Eu quero ser notada pelos meus ídolos, que eu admiro há bastante tempo. Eu gostaria que eles me vissem e estar o mais perto possível". Leia mais sobre o caso.
Mãe e filha de Rio das Ostras, na Região dos Lagos, decidiram ir para o Rock in Rio vestidas com roupa de freira. "A ideia foi da minha filha, é o primeiro Rock in Rio dela. Eu vim no primeiro, curti o Queen, e hoje estou aqui nessa cidade maravilhosa, viemos representar a paz. Freiras da paz, comportadíssimas, e se o vento levantar a saia, temos um short por baixo", contou Dayse Robaina, de 50 anos. Leia a reportagem com as "freiras".
O De La Tierra é um projeto paralelo tocado por músicos latinos: o brasileiro Andreas Kisser (sempre ele, guitarrista do Sepultura, que havia tocado no dia anterior no festival), o mexicano Alex González (baterista do Maná) e os argentinos Andrés Giménez (guitarrista e vocalista do A.N.I.M.A.L) e Sr. Flávio (baixo e vocal do Los Fabulosos Cadillacs). O "supergrupo" de metal latino fez show para pouca gente. Leia mais sobre o show do De La Tierra.
O show do Nightwish foi um daqueles do Sunset que teriam vez no Palco Mundo. A banda finlandesa foi a terceira a tocar no Rock in Rio e fez uma apresentação com fãs cantando (e gritando) do início ao fim. Vestida de preto com as coxas e braços de fora, Floor Jansen honrou o histórico de carisma e qualidade das vocalistas do grupo finlandês que revelou Tarja Turunen e teve ainda Anette Olzon. Leia a resenha do show do Nightwish.
Os quatro integrantes do Mastodon cantam. Que bom, porque a plateia não cantou nada. Em sua estreia no Brasil, o grupo americano de metal alternativo merecia melhor sorte. E uma plateia menos sonolenta. Rolaram palminhas tímidas e gritos de "Mastodon" no fim e no começo. Muito pouco para uma banda tão talentosa. O Mastodon pareceu ser pequeno para o Palco Mundo. No Palco Sunset, talvez tudo teria feito mais sentido. Leia mais.
Entre os jovens roqueiros que circularam pela Cidade do Rock, foi fácil encontrar senhoras que vieram aproveitar os shows na companhia dos filhos. Muitas delas já são veteranas do festival. Fã do Faith No More, Miriam Coelho, 70 anos, madrugou para ser uma das primeiras a entrar na Cidade do Rock. Ela veio com o sobrinho Pedro, 20 anos. "Só escuto metal. Se eu não vier para o Rock in Rio é porque em morri". Leia mais sobre as "mães do metal".
"Somos um por baixo do feitiço da lua cheia" foi uma das frases ditas por Fernando Ribeiro, vocalista do Moonspell, grupo de metal gótico português. Na hora de cantar, o vocal era gultural, mas ao falar com a plateia foi um dos mais simpáticos e didáticos a passar pelo Sunset. O feitiço da lua (da música "Fullmoon") funcionou mesmo de dia, muito por conta da participação de Derrick Green, do Sepultura. Leia mais sobre o show do Moonspell.
O público poderia estar sentado, como em uma poltrona de cinema, durante a maior parte do show Clássicos do Terror. O grupo formado para o Rock in Rio, liderado pelos trilheiros André Moraes e André Abujamra, tocou trilhas sonoras de suspenses. O cantor Constantine Maroulis, finalista do American Idol de 2005, não impressionou - pelo menos não positivamente. O repertório foi certeiro só nas duas últimas músicas: "Bark at the moon" (1984), de Ozzy Osbourne, e "Hallowed Be Thy Name", do Iron Maiden. Leia mais.
Procuradores do Ministério Público do Trabalho (MPT-RJ) e auditores fiscais estiveram
na manhã desta sexta no Rock in Rio. Eles fiscalizaram alojamentosdos trabalhadores e localizaram um depósito, na sede administrativa do evento, que havia sido cedido à empresa de limpeza Garrana para guarda de utensílios.Segundo a fiscalização, trabalhadores terceirizados estavam dormindo no local. Leia a reportagem completa.