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O pianista americano de música clássica Van Cliburn morreu nesta quarta-feira (27) aos 78 anos, segundo a agência de notícias Reuters. Ele estava em sua casa na cidade de Fort Worth, nos Estados Unidos, e sofria de câncer nos ossos, de acordo com Mary Lou Falcone, que agenciava sua carreira.
"Van Cliburn era uma lenda internacional há mais de cinco décadas, um músico excelente cuja luz vai continuar brilhando através de seu legado extraordinário", disse Falcone através de um comunicado. "Sua falta será sentida por todos que o conheciam e o admiravam, e também por inúmeras pessoas que ele nunca conheceu".
Van Cliburn ganhou fama e fortuna ao mostrar, no ápice da Guerra Fria, concertos de Tchaikovsky e Rachmaninoff e impressionar o público russo com suas apresentações. Em 1958, ele venceu a primeira Competição Internacional Tchaikovsky de Piano em Moscou, quando tinha apenas 23 anos.
O músico americano fez sua última aparição pública em setembro do ano passado no 50º aniversário do prestigiado concurso de piano nomeado em sua homenagem. Ao falar para o público em Fort Worth, ele saudou os competidores das edições passadas, a orquestra e a cidade. "Nunca se esqueçam: eu amo todos vocês do fundo do meu coração, para sempre".
A vitória de Cliburn no festival em Moscou, na Rússia, em 1958 aconteceu seis meses depois dos soviéticos lançarem Sputnik, algo fez com que os EUA passassem vergonha, impulsionando o mundo para a era espacial. Ele voltou para a cidade de Nova York e desfilou em carro aberto – a primeira vez para um nome da música clássica – e uma capa da revista "Time" o chamou de "o texano que conquistou a Rússia".