Festivais são um mundo paralelo no qual uma banda como o Kooks - simpática, mas ainda longe do patamar de um Arctic Monkeys da vida - se torna uma atração de peso.
(Veja fotos da apresenatção do Kooks e vídeos das músicas no Gshow)
A euforia de quem vai a eventos como o Lollapalooza, neste domingo (29), costuma potencializar shows.
O que seria frio em outra ocasião, fica morno. Fora do Lolla, não dá para cravar que o Kooks juntaria tantas pessoas animadas em um show solo.
O grupo britânico apresenta uma mistura de swinguinho britpop e muito "Uou uou", "lá lá lá", "doo doo doo" e coisa e tal.
Tudo funciona ao vivo, por conta das melodias assobiáveis. Não teve garoa insistente que afastasse a multidão do Palco Onix. Era mãos para cima e muitas dancinhas por metros quadrado.
Em músicas agitadas como "Always Where I Need to Be" e "Junk of the heart", era fácil notar várias cabecinhas de fãs se mexendo em um mar de gente que tomou conta da rampa em frente ao palco.
O grupo liderado por Luke Pritchard convence até quando se arrisca por levadas mais sacolejantes, em "Forgive and forget". Parece cover do Scissor Sisters fazendo cover de Prince. Juro que isso é um elogio.
"Naïve", do disco de estreia "Inside In/Inside Out" (2006), é deixada para o fim. Várias pessoas começaram a se olhar e a cantar gritando. Isso também aconteceu com a paradona "Seaside", com Luke tocando teclado, e com a fofa "She moves in her own way".
Prova de que o novo velho britpop pode não ser figura fácil do mainstream brasileiro, mas já conquistou o povo que é de Lolla.