No fim de semana, a Delegacia Especializada em Atendimento ao Turista (Deatur) manteve um posto dentro do festival Lollapalooza, no autódromo de Interlagos, Zona Sul de São Paulo, e registrou dez queixas de furtos de celulares e carteiras, além de um roubo de telefone. Um suspeito de furtar um aparelho foi preso. Os dados correspondem aos dois dias do evento, no sábado (5) e domingo (6).
De acordo com policiais civis da Deatur ouvidos pelo G1, os números de boletins de ocorrência podem ser maiores, no entanto, já que o registro também pode ser feito via internet ou em outras delegacias. No ano passado, foram registradas mais de 80 casos no Lollapalooza, quando ele foi realizado no Jockey Club, também na região sul.
Neste ano, a Deatur contou com 40 policiais envolvidos no esquema de segurança do Lollapalooza. A segurança interna também foi feita por seguranças particulares desarmados. Policiais militares realizaram rondas internas, mas ficarão também do lado de fora e nos portões de entrada e saída do autódromo.
Delegados, investigadores e escrivães da Deatur trabalharam nos dois dias do evento. Em entrevista à equipe de reportagem, ainda na semana passada, antes do evento, o delegado Osvaldo Nico Gonçalvez, da Deatur, falava em usar policiais disfarçados e infiltrados na multidão para tentar impedir a ação de ladrões. Ele também sugeriu o uso de pochetes rentes à frente do corpo para guardar o celular.
Mais policiais mulheres também atuaram para revistas em suspeitas. Na última edição, as quadrilhas chegaram a usar mulheres para guardar os celulares furtados porque achavam que só haveria policiais homens, que não poderiam revistá-las.
Celular, item mais roubado em SP
A cidade de São Paulo registrou, em média, o roubo e o furto de cerca de 460 celulares por dia nos três primeiros meses deste ano, segundo dados da Secretaria da Segurança Pública (SSP) aos quais o G1 teve acesso.
De acordo com levantamento feito a partir de informações em boletins de ocorrências da Polícia Civil, foram registrados na capital paulista, de 1º de janeiro a 31 de março, roubos de 26.656 celulares – média de 296,1 aparelhos levados por dia. Nesses três meses, 14.623 telefones foram furtados na cidade, o que corresponde a 162,4 peças subtraídas a cada 24 horas. Somando roubos e furtos, 41.279 celulares foram levados de janeiro a março – 458,6 por dia.