espouca samba

qua, 19/02/14
por Antônio Carlos Miguel |
categoria Todas

Anunciada para as 20h30m, a avant-première do projeto Nivea Viva o Samba começou quase duas horas depois. Àquela altura, a parcela etílica dos convidados para o boca livre no Vivo Rio já estava calibrada, em meio ao espoucar de espumantes que não paravam de ser abertos nas mesas. Gente que, com raras exceções (o craque Junior, Mart’nália…) nada parecia ter com o samba. Mas, aparências à parte, todos caíram nele. E como as apresentadoras da noite, Marieta Severo e Silvia Buarque, contaram, esse show será apresentado ao ar livre, em algumas cidades brasileiras, celebrando o gênero que é a melhor tradução musical do Brasil. Bom para o samba, que, coincidentemente, também será o homenageado, em maio, na 25º edição do Prêmio da Música Brasileira. Por sinal, tem mais samba hoje, 19 de fevereiro, no mesmo Vivo Rio, esse em show coletivo para a Mangueira, com Chico Buarque no meio.

Roberta Sá, Diogo Nogueira, Martinho da Vila e Alcione

De volta ao de ontem à noite, elenco, repertório, produção são impecáveis. Alcione, Martinho da Vila, Roberta Sá e Diogo Nogueira juntos na abertura com “A voz do morro” de Zé Keti e depois se alternando em números individuais, eventuais duetos, trios, novamente juntos no fim com “Isso aqui o que é” de Ary Barroso, e também no bis, com “Canta, canta minha gente” de Martinho e “O que é, o que é?” de Gonzaguiha.

Eles são acompanhados por grande banda (com naipes de percussão, cordas, metais, vocais), arranjos do cavaquinista Alceu Maia, e se há um porém é o tom orquestral e de exaltação que se mantêm durante as duas horas. Sim, a ideia é exaltar o samba, mas faltou alguma dinâmica e diversidade à longa sequência, quase sempre nessa pegada eufórica. Algo que a diretora Monique Gardenberg poderá afinar até a abertura da turnê. No roteiro (de Hugo Sukman) e nas interpretações não faltam estímulos para o encantamento:  ”Eu samba mesmo” (Roberta Sá), “Casa de bamba” (Martinho), “Sou eu” (Diogo reafirmando o quanto é bom esse samba da safra recente de Chico), “O mundo é um moinho” (Alcione), “Conto de areia” (Alcione e Roberta)…



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