As armas químicas da Síria que devem ser destruídas em locais especializados na Finlândia, Grã-Bretanha e nos Estados Unidos, foram entregues nesta quinta-feira (24) à Organização para a Proibição de Armas Químicas (Opaq), que supervisionará o processo.
"As 1.300 toneladas de agentes químicos que foram retiradas da Síria em uma operação marítima internacional foram entregues nas instalações de destruição localizados fora do país", indicou a Opaq em um comunicado. "A destruição começou em todos os locais", acrescentou a organização, ressaltando que atualmente 31,8% do arsenal químico sírio já foi destruída.
O Conselho Executivo da Opaq também decidiu que 12 ex-fábricas de armas químicas na Síria também serão destruídas.
A Síria enfrenta, desde março de 2011, uma guerra civil que já deixou centenas de milhares de mortos, destruiu a infraestrutura do país e gerou uma crise humanitária regional.
A últimas armas químicas que Damasco dizia possuir deixaram o território sírio no final de junho, com meses de atraso em relação ao programa aprovado pela comunidade internacional.
Os produtos químicos mais perigosos foram transportados em um navio americano, o "Cape Ray", preparado especialmente para esta ocasião.
Sua destruição por hidrólise começou em julho e está prevista para durar cerca de dois meses, de acordo com o Pentágono.
Este processo deve permitir a destruição de mais de 99% dos produtos químicos e reduzir a toxicidade à níveis semelhante àqueles que são comuns na indústria.
Os produtos serão então entregues a empresas especializadas em tratamento de resíduos industriais, assim como outros agentes químicos sírios.