Edmundo González — Foto: REUTERS/Juan Medina
Edmundo González, que alega ser o legítimo presidente eleito da Venezuela nas últimas eleições presidenciais do país, está exilado na Espanha desde setembro após um acordo com Nicolás Maduro, mas garante: irá voltar a território venezuelano e tomar posse no dia 10 de janeiro.
Em entrevista ao jornal "El País", González não revelou como nem quando retornará, mas ainda afirmou que a líder da oposição, María Corina Machado, que segue buscando apoio de outros países para confrontar Maduro, seria sua vice-presidente.
Questionado sobre as ameaças de ser preso caso volte ao país e se está preparado para enfrentá-las, o venezuelano afirmou:
"Acredito que não será assim. Estou mentalmente preparado para o retorno à Venezuela".
Em relação ao reconhecimento que recebeu do Parlamento Europeu, que o declarou como presidente eleito legítimo da Venezuela, González disse:
"Não considero isso um reconhecimento pessoal. É claro que é mais do que bem-vindo, mas vejo como um apoio a uma Venezuela que, durante muitos anos, foi um farol na América Latina, uma luz onde brilhavam os direitos humanos, as liberdades, a separação de poderes e todas as variáveis que fazem parte de uma democracia vibrante".
González ainda contou que representantes em Washington estão em contato com a equipe de transição de Donald Trump, que assume a Presidência dos Estados Unidos no dia 20 de janeiro.
"Espero de Trump pleno reconhecimento da minha eleição como presidente da Venezuela e manutenção das relações cordiais como mantivemos no passado, com consensos e diferenças. De agora em diante acho que há mais coincidências do que desentendimentos", declarou.
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