Por France Presse


Presidente russo, Vladimir Putin, durante evento no Kremlin — Foto: Mikhail Klimentyev/ Sputnik/ Kremlin Pool Photo via AP

Os Estados Unidos acusaram a Rússia, nesta quarta-feira (1º), de ter usado "a arma química cloropicrina contra as forças ucranianas", em violação à Convenção sobre Armas Químicas.

Além disso, a Rússia usou agentes químicos anti-distúrbios, como gás lacrimogêneo, "como método de guerra na Ucrânia, também em violação à convenção", segundo um comunicado do Departamento de Estado.

"O uso destas substâncias químicas não foi um incidente isolado e provavelmente é motivado pelo desejo das forças russas de remover as forças ucranianas de posições fortificadas e obter ganhos táticos no campo de batalha", informou o Departamento de Estado.

Ao mesmo tempo, Washington anunciou um novo pacote de sanções contra empresas e indivíduos de ajudar a financiar a invasão russa da Ucrânia.

Além das empresas de defesa russas e as entidades chinesas, estas sanciones afetam também várias unidades de pesquisa e empresas implicadas nos programas russos de armas químicas e biológicas.

"O desprezo contínuo por parte da Rússia de suas obrigações sob a convenção é consistente com o envenenamento de Alexei Navalny e de Sergei e Yulia Skripal com agentes nervosos Novichok", continuou o Departamento de Estado.

Opositor ao presidente russo, Vladimir Putin, Navalny morreu na prisão em 16 de fevereiro, em circunstâncias ainda não esclarecidas.

O ex-agente duplo russo Skripal e sua filha, Yulia, foram envenenados no Reino Unido em 2018.

A Rússia declarou que já não possui um arsenal químico militar, mas o país enfrenta pressões para uma transparência maior sobre o uso deste tipo de armamento.

Segundo os Institutos Nacionais de Saúde (NIH) americanos, a cloropicrina é uma substância que, inalada, traz riscos para a saúde.

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