Por g1


Os quatro ex-policiais acusados de envolvimento na morte de George Floyd: da esquerda para a direita, Derek Chauvin, Tou Thao (acima) e J. Alexander Kueng e Thomas Lane (abaixo) — Foto: Minnesota Department of Corrections and Hennepin County Sheriff's Office/Handout via Reuters.

O ex-policial de Minneapolis Tou Thao foi condenado nesta segunda-feira (7) a quatro anos e sete meses de prisão por cumplicidade no assassinato de George Floyd. Thao era o único dos quatro agentes envolvidos na morte que ainda não havia sido condenado.

Floyd, um cidadão negro dos Estados Unidos, morreu sufocado por um policial branco que ajoelhou sobre seu pescoço durante uma abordagem policial em 2020 (leia mais abaixo). A morte desencadeou um movimento antirracista histórico no país que ficou conhecido como Black Lives Matter (Vidas Negras Importam).

Na audiência para a leitura da sentença, nesta segunda, Tou Thao alegou que serviu "apenas" como um “cone de trânsito humano”, contendo uma multidão que se formou no local enquanto o ex-oficial Derek Chauvin se ajoelhou no pescoço de Floyd por 9 minutos e meio.

Thao falou também ao juiz sobre seu crescimento como cristão durante os 340 dias que passou em prisão preventiva, enquanto aguardava julgamento. Ele disse estar “angustiado” com a morte de Floyd, mas negou participação nela.

“Eu não cometi estes crimes,” disse Thao. “A minha consciência está limpa. Não serei um Judas, nem me juntarei a uma turba para me autopreservar, nem trairei meu Deus”.

O juiz do condado de Hennepin, Peter Cahill, respondeu que esperava “mais do que a pregação” de Thao. “Depois de três anos de reflexão, eu esperava um pouco mais de remorso”, disse o juiz.

Os outros policiais condenados

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Derek Chauvin, o oficial sênior no local e que se ajoelhou sobre o pescoço de Floyd por mais de nove minutos, foi condenado por assassinato e homicídio culposo em abril de 2021 e posteriormente se declarou culpado no caso federal.

Os outros dois outros policiais - J. Alexander Kueng e Thomas Lane - se declararam culpados em um tribunal estadual no ano passado por ajudar e favorecer o homicídio culposo em segundo grau.

Lane foi condenado a três anos e meio de prisão, enquanto Kueng foi condenado a três anos.

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