O Parlamento britânico aprovou nesta quarta-feira (2) a participação da força aérea na campanha de bombardeios contra o grupo jihadista Estado Islâmico (EI) na Síria, ao final de um longo e tenso debate. O premier David Cameron chamou de "simpatizantes de terroristas" os que se opuseram à medida.
Os deputados se pronunciaram a favor da proposta do governo por 397 votos contra 223, dando sinal verde aos bombardeios britânicos contra a organização islâmica, que já era alvo da força aérea da Grã-Bretanha no Iraque, como parte da coalizão que une Estados Unidos, França, Rússia e outros países.
O estado Islâmico reivindicou a autoria dos atentados de 13 de novembro em Paris, que deixaram 130 mortos.
O voto do Parlamento britânico a favor dos ataques aéreos contra o grupo Estado Islâmico "é a melhor decisão para preservar a segurança do país", afirmou Cameron. "O Parlamento tomou a melhor decisão para preservar a segurança do país – a ação militar na Síria faz parte de uma estratégia maior", escreveu no Twitter, após a decisão.
Ameaça
Cameron, que é autor do projeto e defendeu a proposta, afirmou nesta terça-feira que o objetivo de aderir aos bombardeios é "responder à convocação dos nossos aliados e trabalhar com eles, porque o Estado Islâmico é uma ameaça para o nosso país e porque é o correto".
Também na terça, houve protestos em Londres contra a participação britânica nos bombardeios na Síria. Os manifestantes acompanharam a votação desta quarta do lado de fora do parlamento.