O Secretário de Defesa dos Estados Unidos, Ashton Carter, considera permitir a entrada nas Forças Armadas de pessoas transgêneras, que até agora têm acesso proibido e podem ser expulsas do exército caso revelem sua identidade, anunciou nesta segunda-feira (13) em comunicado.
Carter criou um grupo de trabalho para examinar as implicações desta decisão para a organização, que deverá apresentar um relatório no prazo de seis meses, explicou em um comunicado de imprensa.
"A meu pedido, a comissão irá trabalhar com o pressuposto de que as pessoas transexuais podem servir abertamente sem efeitos negativos" para a eficácia militar, "exceto quando obstáculos objetivos, práticos forem identificados", afirmou Carter.
"Temos de garantir que aqueles que são capazes de servir e estão dispostos a fazê-lo tenham a oportunidade de fazê-lo", enfatizou.
Durante as guerras dos últimos anos, "homens e mulheres transexuais têm estado conosco, mas muitas vezes tinham que servir em silêncio", disse Carter.
Os homossexuais podem integrar as forças armadas dos Estados Unidos desde 2011, uma vez abolida a chamada lei "Não pergunte, não diga" ("don't ask, don't tell") de 1993.