29/07/2013 12h04 - Atualizado em 29/07/2013 12h11

Sob protestos, criminoso de guerra nazista celebra 100 anos em Roma

Erich Priebke cumpre prisão domiciliar desde 1998.
Ele foi condenado por liderar massacre de 335 pessoas na Itália.

Da Reuters

Manifestantes protestam nesta segunda-feira (29) em Roma contra o criminoso de guerra nazista Erich Priebke (Foto: Reuters)Manifestantes protestam nesta segunda-feira (29) em Roma contra o criminoso de guerra nazista Erich Priebke (Foto: Reuters)

Dezenas de manifestantes, incluindo membros da comunidade judaica de Roma, protestaram nesta segunda-feira (29) do lado de fora do prédio onde um ex-oficial da SS responsável por um dos piores massacres de guerra na Itália comemorou seu aniversário de 100 anos.

Erich Priebke, ex-capitão da SS, vive em prisão domiciliar na capital italiana, após ter sido condenado à prisão perpétua em 1998 pelo massacre de Ardeatine, perto de Roma, onde 335 civis foram mortos em março de 1944.

House breve confusão quanto um homem identificado como neto de Priebke chegou com uma garrafa de champanhe e manifestantes o empurraram aos gritos de "vergonha!" e "desgraça".

"É uma provocação! Chegar com uma garrafa de champagne!", gritou um manifestante.

Quase 70 anos após o fim da Segunda Guerra Mundial, o passado da Itália ainda é motivo de profunda divisão, em um país que esteve próximo de uma guerra civil quando a ditadura fascista de Benito Mussolini ruiu, em 1943.

As tensões em torno do aniversário de Priebke, que nunca expressou remorso por suas ações, foram reforçadas pelos relatos de cartazes colocados nas proximidades de sua casa saudando o ex-oficial nazista.

"Feliz Aniversário Capitão Priebke", dizia um cartaz assinado por um grupo que se autodenomina Comunidade Militante de Tiburtina (um bairro de Roma), de acordo com o jornal Corriere della Sera.

Em março de 1944, Priebke estava no comando das tropas da SS que executaram 335 pessoas, em retaliação pela morte de 33 soldados alemães por um grupo contrário ao fascismo, perto de Roma.

Depois da guerra, ele fugiu para a Argentina, mas foi deportado para a Itália após ter sido entrevistado por uma emissora de televisão dos EUA e admitido seu papel no massacre, que ele disse ter sido realizado contra "terroristas".

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