Reuters

29/11/2012 09h33 - Atualizado em 29/11/2012 09h56

Obama leva 'batalha fiscal' para o Twitter

Governo dos EUA lançou campanha na internet sobre o assunto.
Objetivo é pressionar o Congresso a buscar um acordo bipartidário.

Da Reuters

Obama lançou campanha no Twitter abordando o 'abismo fiscal' (Foto: Reprodução)Obama lançou campanha no Twitter abordando o
'abismo fiscal' (Foto: Reprodução)

O presidente dos EUA, Barack Obama, abriu na quarta-feira (28) no Twitter uma nova frente na batalha entre democratas e republicanos a respeito da melhor forma de evitar o "abismo fiscal" no fim do ano.

O governo Obama, sempre hábil no manejo da internet, lançou uma campanha na rede social pedindo aos usuários do Twitter que incluam a "hashtag" "#my2k" em mensagens dizendo o que é possível fazer com US$ 2 mil dólares.

Essa é aproximadamente a quantia que uma família de quatro pessoas de classe média precisaria pagar a mais em imposto de renda caso o Congresso não chegue a um acordo para evitar o final automático de benefícios tributários que vigoram há dez anos.

A conjunção disso com cortes de gastos públicos também previstos para o final deste ano pode retirar cerca de US$ 600 bilhões da economia norte-americana, levando os EUA a uma nova recessão, segundo analistas. A situação foi apelidada nos últimos meses de "abismo fiscal".

Obama chega para discursar em evento na Casa Branca nesta quarta (28). (Foto: Jewel Samad/AFP)Obama chega para discursar em evento na Casa
Branca nesta quarta (28). (Foto: Jewel Samad/AFP)

O Twitter, com suas velozes mensagens de 140 caracteres, é uma forma testada e aprovada de falar com a população. "Hashtags" são etiquetas do assunto da mensagem, que permitem buscas específicas. O governo espera que, em grande volume, esses tuítes pressionem o Congresso a buscar um acordo bipartidário.

Obama anunciou a ofensiva tuiteira durante entrevista coletiva na quarta. Ele e o restante do seu Partido Democrata se opõem a cortes significativos em programas sociais, e querem aumentar impostos dos norte-americanos mais ricos, poupando a classe média. Já a oposição republicana quer cortes profundos nos gastos públicos, sem aumento tributário nenhum.

Discussões
O secretário do Tesouro dos EUA, Timothy Geithner, vai se reunir na quinta-feira com líderes parlamentares para discutir uma forma de evitar o "abismo fiscal" no final do ano, em meio a crescentes sinais de nervosismo do mercado com o atual impasse.

Se o Congresso não agir, amplos aumentos tributários e cortes de gastos públicos entrarão em vigor automaticamente no primeiro dia de 2013. Mas um acordo "não vai acontecer tão cedo", disse o senador republicano John Barrasso em entrevista ao canal Fox Business News na noite de quarta-feira.

Outro senador republicano, John Thune, disse que "neste momento" existe "um pouquinho de impasse".

A bancada do Partido Democrata se opõe a cortes significativos em programas sociais, e quer aumentar impostos dos norte-americanos mais ricos, poupando a classe média. Já a oposição republicana quer cortes profundos nos gastos públicos, sem aumento tributário nenhum.

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