‘A Ferro e Fogo’: exposição de arte chega a Campo Grande com cenas que vão do cotidiano até eventos históricos

Curada por Ulisses Carrilho, a mostra apresenta 113 obras de 27 artistas que exploram uma vasta gama de temáticas, desde cenas do cotidiano até eventos históricos e ambientais.

Entre as peças, o público encontrará representações do embarque de escravos em navios negreiros, a morte de Zumbi dos Palmares, o enterro de Chico Mendes, e denúncias de queimadas e desmatamento. Essas obras dialogam diretamente com o atual cenário de Mato Grosso do Sul, marcado pelos incêndios no Pantanal.

Segundo Carrilho, a escolha do título “A Ferro e Fogo” foi inspirada tanto na música popular de Zezé di Camargo e Luciano quanto no livro de Warren Dean sobre a devastação da Mata Atlântica.

“Essas referências culturais e históricas ressaltam a relação profunda entre natureza e cultura, mostrando como as ações humanas têm moldado nosso meio ambiente”, explica o curador.

O idealizador do projeto, Fabio Szwarcwald, enfatiza que o encerramento em Campo Grande é um marco para o Arte nas Estações, projeto que tem apoio da Copa Energia, empresa do grupo Zahran que atua no mercado de distribuição e comercialização de gás liquefeito de petróleo (GLP), e exibiu um total de 262 obras ao longo de suas edições.

“A pluralidade da produção pictórica apresentada é capaz de afetar todo tipo de espectador, impulsionando a formação de novos públicos e integrando as práticas e interesses das comunidades locais ao corpo das exposições”, comenta Fabio.

Além da exposição, o projeto Arte nas Estações oferece uma programação educativa especial durante as férias de janeiro. De terça a sábado, das 14h às 17h, serão realizadas oficinas com atividades lúdicas e sensoriais para crianças a partir de 5 anos, jovens e adultos, todas gratuitas e voltadas para a interação com as obras expostas.

O projeto é viabilizado pela Lei Federal de Incentivo à Cultura e conta com patrocínio da Energisa, apoio da Copa Energia, BMA Advogados e Banco BV. A realização é da Ikigai Produções e do Ministério da Cultura, com apoio do Governo do Mato Grosso do Sul.