O goleiro Bruno durante julgamento em
2012 (Foto: Maurício Vieira/G1)
O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) indefiriu, na noite desta quarta-feira (13), o pedido do goleiro Bruno Fernandes para trabalhar dentro do Complexo Penitenciário Nelson Hungria em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Preso em julho de 2010, Bruno foi condenado a 22 anos e 3 meses de reclusão pela morte da ex-amante Eliza Samudio. Para cada três dias de trabalho na unidade prisional, um dia de pena é remido.
Bruno solicitou à Justiça que pudesse voltar a trabalhar na Nelson Hungria. O goleiro, no entanto, perdeu a vaga de trabalho por ter pedido transferência para outra unidade, de acordo com o juiz da Vara de Execuções Penais de Contagem, Wagner de Oliveira Cavalieri.
Cavalieri afirmou que cabe a unidade prisional à administração das vagas de trabalho interno. O juiz justificou que só poderia intervir se houvesse alguma irregularidade.
“Determinar a colocação do sentenciado B., de forma imediata, em vaga de trabalho, implicaria em odioso tratamento privilegiado, o que feriria certamente o direito de outros internos e a própria moralidade pública”, disse.
O juiz alegou também que o sistema penitenciário não conta com vagas de trabalho suficientes. Dessa forma, a administração da penitenciária distribui as oportunidades seguindo a ordem cronológica, a critério da direção da unidade prisional.
Trânsferência
Bruno foi transferido em junho do ano passado para a Penitenciária Francisco Sá, no Norte de Minas. A defesa do goleiro solicitou a mudança durante a negociação de um contrato de cinco anos assinado pelo atleta com o Montes Claros FC, time de mesmo nome da cidade.
Depois de Justiça negar que Bruno voltasse aos campos, ele retornou para o presídio em Contagem em novembro do ano passado.