07/03/2012 16h35 - Atualizado em 07/03/2012 17h05

Ex-motorista de Bruno nega participação em morte de jovem

Crime teria sido motivado por uma disputa entre grupos rivais de Contagem.
Segundo delegado, Clayton Gonçalves é braço direito do mandante.

Raquel FreitasDo G1 MG

Clayton é apresentado em delegacia de BH (Foto: Raquel Freitas / G1)Clayton é apresentado em delegacia de BH
(Foto: Raquel Freitas / G1)

Clayton da Silva Gonçalves, ex-motorista do goleiro Bruno Fernandes que chegou a ser detido na época do desaparecimento de Eliza Samudio, negou, na tarde desta quarta-feira (7), acusações de envolvimento no assassinato de um homem. Segundo as primeiras informações da Polícia Civil, ele foi preso nesta quarta por suspeita de homicídio. Durante a apresentação de Clayton em Belo Horizonte, entretanto, delegados que cuidam do caso informaram que ele teria ligação com o crime e é suspeito de ter ameaçado testemunhas.

De acordo com a polícia, a possível causa do homicídio seria a disputa entre grupos rivais de dois bairros de Contagem, na Grande BH. Clayton é apontado pelas investigações como braço direito do chefe do tráfico em uma destas localidades.

O assassinato de Elvis Camargo, de 20 anos, ocorreu na noite da última sexta-feira (2), em uma churrascaria, em um posto de combustíveis de Contagem e foi registrado em imagens pelo circuito de segurança. Segundo o delegado Luciano do Nascimento, a morte do jovem, ligado ao tráfico no bairro San Marino, seria uma resposta da quadrilha do bairro Liberdade à tentativa de homicídio registrada em frente à casa de Clayton Gonçalves dias antes.

De acordo com Nascimento, por meio das imagens do crime, não é possível constatar a presença do ex-motorista de Bruno Fernandes no posto de combustível. “Estamos trabalhando com o envolvimento dele na trama. Ele negou estar no local do crime, mas nós vamos checar”. Em sua defesa, o suspeito alegou que estava em um motel no momento da execução.

Segundo o delegado, Clayton é suspeito de ameaçar testemunhas que teriam presenciado o assassinato. O advogado do suspeito afirma que o cliente está sendo prejudicado provavelmente por uma pessoa com quem manteve relacionamento recente. Segundo a defesa, a denúncia de ameaça é infundada. Ele foi preso em casa no cumprimento de um mandado de prisão temporária de 30 dias. O advogado afirma que o pedido de revogação vai ser feito imediatamente.

Durante a apresentação do suspeito, Luciano Nascimento ressaltou ainda que este homicídio não tem nenhuma relação com o caso Eliza Samúdio, no qual Clayton Gonçalves é testemunha.

Caso Eliza Samudio
Após um relacionamento com o goleiro Bruno, Eliza Samudio deu à luz um menino em fevereiro de 2010. Ela alegava que o atleta era o pai da criança. Atualmente, o menino mora com a mãe da jovem, em Mato Grosso do Sul. Segundo a polícia, Eliza teria sido morta no início de junho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

A Polícia Civil indiciou Bruno e mais oito envolvidos no desaparecimento e morte da jovem. A Justiça de Minas Gerais aceitou a denúncia do Ministério Público em agosto de 2010. O corpo de Eliza não foi encontrado.

Em dezembro de 2010, a mulher de Bruno, Dayanne; a ex-namorada de Bruno, Fernanda Gomes de Castro; o caseiro do sítio, Elenílson Vítor da Silva; e Wemerson Marques, o Coxinha, foram soltos e respondem em liberdade.

O goleiro, o amigo Macarrão e o primo Sérgio vão a júri popular por sequestro e cárcere privado, homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, também está preso e vai responder no júri popular por homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver.

 


 

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