Por Luiza Sudré, Iara Maia, g1 Zona da Mata e TV Integração — Juiz de Fora


Phormar Formaturas e Eventos, imagem de arquivo — Foto: Google Maps/Reprodução

A Polícia Civil investiga a empresa Phormar Formaturas e Eventos Ltda. após diversas denúncias de estelionato e falsidade ideológica registradas contra a empresa em Juiz de Fora.

O g1 conversou com o proprietário da Phormar, Luiz Henrique Resende, que afirmou que pretende se manifestar em breve e resolver a situação.

Em nota divulgada neste sábado (7), a corporação informou que foi instaurado um procedimento investigativo na 7ª Delegacia de Polícia Civil do município.

Funcionários alegam pagamento atrasado

Comunicado colocado na porta da empresa em Juiz de Fora — Foto: Reprodução

Além das denúncias, conforme apuração da TV Integração, funcionários da empresa afirmam que estão com os salários de novembro atrasados, assim como o 13º salário e as parcelas do FGTS.

Em comunicado, o advogado que representa o grupo, Vinícius Moreira, afirmou que não houve um comunicado formal de dispensa dos trabalhadores, mas que a demissão de todos foi efetivada.

Vinícius Moreira também explicou que a "empresa alegou ser necessário aguardar os cálculos para determinar como seriam feitos os pagamentos".

Ações judiciais

A Phormar é alvo de pelo menos quatro ações judiciais após turmas de faculdades de Juiz de Fora e região denunciarem irregularidades na gestão financeira de fundos de formatura. O número é maior, pois alguns processos podem estar em segredo de justiça.

Segundo Lucas Vaz, advogado de um grupo de alunos do curso de Medicina de uma faculdade particular da cidade, um deles tramita na 3ª Vara Cível da Comarca da cidade e tem o objetivo de obter a devolução de valores que teriam sido retirados ilegalmente pela empresa de uma conta da turma, da qual a Phormar também teria acesso depois da assinatura de uma procuração para poder utilizá-la.

"De acordo com a petição inicial, o valor em questão é de aproximadamente R$ 200 mil", ponderou o advogado, que representa a turma XXXIV de Medicina da Suprema.

Outros fundos de formatura da Faculdade Suprema e da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) ficaram atentos quanto às movimentações e também estariam enfrentando problemas de falta de transparência e possíveis irregularidades na gestão financeira da Phormar.

Denúncias feitas de forma anônima ao g1 revelam que há turmas constatando desvios superiores a R$ 700 mil.

Em uma nota divulgada na sexta-feira (6), a empresa disse que não tem acesso às contas dos fundos de formatura e que as retiradas são feitas somente com autorização da comissão de formatura ou com um cheque assinado pela mesma. No entanto, na quinta (5), a Phormar fechou as portas informando que vai voltar ao expediente na segunda-feira (9), dia em que também anunciou que vai se pronunciar.

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