Marcelo Motta Delvaux em uma das expedições pelo mundo, foto de arquivo — Foto: Instagram/Reprodução
Há quase cinco meses, a família do montanhista Marcelo Motta Delvaux, de 38 anos, que morreu ao cair em uma greta, espécie de rachadura na neve, enquanto escalava o Nevado Coropuna, a quarta montanha mais alta do Peru, com aproximadamente 6.300 de altitude, não conseguiu a certidão de óbito dele.
Ao g1, a irmã dele, Patrícia Delvaux, contou que mesmo com o auxílio de uma advogada ainda não teve retorno das autoridades.
"Estamos na luta com o Consolado. Ninguém sabe de nada. Tudo é muito difícil. Não consigo entender mais a razão de tanta demora", disse.
O retorno que a família teve até o momento é que eles precisam esperar o inquérito da polícia de Arequipa, cidade do Peru, onde fica a montanha onde o brasileiro, que era de Juiz de Fora, morreu. “Quais provas eles ainda querem para ver que meu irmão está morto dentro daquela fenda”, questionou Patrícia.
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Greta onde Marcelo Motta teria caído no Peru, foto de arquivo — Foto: Alta Montanha/Reprodução
Enquanto isso, a irmã alega que o Consulado Brasileiro não se manifesta e não entra em contato com ela.
Em nota, a Embaixada do Brasil em Lima informou que a emissão do atestado de óbito é de competência das autoridades peruanas e que, em casos nos quais o corpo não pode ser localizado, é necessário um longo processo judicial.
“A Embaixada do Brasil em Lima, desde julho, está em estreito contato com a família do brasileiro e vêm-lhe prestando toda a assistência possível. Vêm mantendo, ainda, reiterado contato com diferentes autoridades peruanas para acompanhar o processo para declaração do óbito”, completou.
Em relação a possíveis novas buscas para localizar o corpo de Marcello, a irmã informou que a Polícia do Peru não cogitou mais nenhuma ação desde a última tentativa, realizada entre os dias 8 e 11 de julho.
"Eu sei que o resgate do corpo é realmente impossível devido às condições do local", finalizou.
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Relembre o caso
- Marcelo Delvaux desapareceu no dia 30 de junho deste ano enquanto escalava o Nevado Coropuna, um vulcão localizado na região de Arequipa, no Peru.
- As buscas por ele começaram no dia 4 de julho. Uma equipe da polícia de Arequipa esteve na base da montanha para liderar os trabalhos.
- A procura foi encerrada depois de três dias depois que a irmã confirmou que montanhista havia caído em uma greta, espécie de rachadura na neve.
- No dia 8, uma equipe de policiais chegou a subir na montanha para resgatar o corpo de Marcelo, mas alguns deles passaram mal devido às condições do tempo.
- Desde então, o corpo dele segue desaparecido no Peru.