Greve no campus da UFJF, em Juiz de Fora — Foto: Evandro Caravlho/TV Integração
A greve dos professores das universidades federais de Juiz de Fora (UFJF) e Viçosa (UFV) completou 15 dias nesta terça-feira (30). Enquanto isso, a Universidade Federal de São João del Rei (UFSJ) está há 8 dias com os servidores paralisados.
Já desde segunda-feira (39), o campus do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais (IF Sudeste) de Muriaé está com o calendário acadêmico de 2024 suspenso por tempo indeterminado, também por conta da paralisação. A decisão é válida para todos os cursos da unidade, técnicos, de graduação e pós-graduação. A reposição das aulas afetadas será realizada após o período de greve.
Movimento nacional
Ao menos 52 universidades, 79 institutos federais (IFs) e 14 campi do Colégio Pedro II estão em greve, de acordo com um levantamento realizado pelo g1.
Professores e servidores das instituições reivindicam reestruturação de carreira, recomposição salarial e orçamentária, e revogação de normas aprovadas nos governos Temer e Bolsonaro.
Sindicatos participam de assembleias
Na última quinta-feira (25), em assembleia-geral da UFV, a categoria rejeitou as propostas apresentadas pelo governo relacionadas à recomposição salarial e à carreira. Segundo o sindicato da UFSJ, desde o início da paralisação aconteceram mais dois encontros, sem nenhum acordo.
Em relação a UFJF, de acordo com Leonardo Silva Andrada, presidente do sindicato de Juiz de Fora, houve uma reunião entre a categoria e o governo na última semana.
"Foram apresentadas propostas consideradas insuficientes frente às nossas demandas. A decisão foi tomada por assembleias em todo o país, e ampla maioria rejeitou, definindo pela continuidade das negociações", explicou.
No final dessa semana, deve ocorrer nova rodada de negociações com o governo, e o sindicato pretende apresentar uma contraproposta para tentar chegar a um acordo.
Governo de Minas vai encaminhar PL com reajuste salarial
O Governo de Minas divulgou nesta terça-feira, que vai encaminhar à Assembleia Legislativa, na próxima quinta-feira (2), um Projeto de Lei prevendo reajuste geral de 3,62% nos salários de todo o funcionalismo público de Minas Gerais.
Com o reajuste, o Governo do Estado cumprirá também o pagamento do Piso Nacional da Educação para os servidores das carreiras do Grupo de Atividades da Educação básica, conforme Portaria Interministerial MF/MEC nº 07, publicada em 29/12/2023, que será, da mesma forma, retroativo a janeiro de 2024.
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