Por g1 Triângulo — Uberlândia


Apreensões durante a Operação Áspide — Foto: Polícia Civil/Divulgação

Dezesseis mandados de busca e apreensão e 13 de prisão foram cumpridos pela Polícia Civil na manhã desta terça-feira (3) durante a operação "Áspide", realizada em Uberlândia, Alfenas (MG) e São Paulo (SP).

De acordo com o delegado-chefe da Polícia Civil de Uberlândia, Marcos Tadeu de Brito, a operação teve como objetivo a desarticulação de uma quadrilha especializada no furto de motocicletas, receptação, falsificação de documentos públicos (CRLV) e adulteração de sinais identificadores de veículos automotores.

“Os investigadores conseguiram provas para que o Judiciário expedisse 16 mandados de busca e apreensão e 13 de prisão, que foram cumpridos não só em Uberlândia”, afirmou o delegado.

As investigações começaram há um ano quando o líder do grupo criminoso, de 23 anos, foi preso em flagrante com uma moto furtada e adulterada. Segundo a Polícia Civil, ele furtava motocicletas em Uberlândia, as desmontava e vendia as peças para pequenas oficinas.

Ainda de acordo com o delegado-chefe, o líder da quadrilha é investigado em sete inquéritos policias e já foi preso cinco vezes em flagrante, em menos de um ano, por crimes contra o patrimônio. Ele também já é condenado pelos crimes.

“O líder da organização criminosa tem duas condenações por crimes contra o patrimônio. Em menos de um ano ele foi autuado cinco vezes, também por crimes contra o patrimônio”, Marcos Tadeu de Brito.

Além disso, ele adulterava os veículos e os revendia nas redes sociais como "Finan", que são veículos que têm débitos de financiamento junto a instituições bancárias.

Para isso, o investigado contava com auxílio de outros integrantes que o auxiliavam na adulteração dos sinais identificadores dos veículos (chassi e motor), confecção de placas falsas, documentos (CRLV) falsificados e na prospecção de interessados em adquirir os veículos que eram oferecidos em redes sociais.

Ao todo, a quadrilha atuava em quatro núcleos: apoio material nos furtos, venda de peças, venda de motocicletas adulteradas e falsificação de documentos e placas de veículos.

“O primeiro núcleo era voltado ao furto de motocicletas de baixa cilindrada, mais fáceis de serem comercializadas. O segundo era responsável por desmanchar as motos e vender as peças. O terceiro por recolocar as motocicletas em circulação, adulterando os sinais identificadores. E o quarto núcleo era responsável pela falsificação do CRLV”, finalizou o delegado.

Os integrantes da associação irão responder pela prática dos crimes de furto, receptação, receptação qualificada, falsificação de documento público, adulteração de sinal identificador de veículo automotor e associação criminosa.

O nome “Áspide” remete a uma serpente venenosa, simbolizando a astúcia, rapidez e a letalidade do animal, reforçando a ideia de que as autoridades estão “caçando” os criminosos com a mesma determinação e eficiência que uma serpente caçaria sua presa, além de alertar que qualquer movimentação imprudente pode levar a uma reação rápida e contundente.

Polícia investiga quadrilha especializada no furto de motos e adulteração de chassi

Polícia investiga quadrilha especializada no furto de motos e adulteração de chassi

📲 Siga o g1 Triângulo no Instagram, Facebook e X

VÍDEOS: veja tudo sobre o Triângulo, Alto Paranaíba e Noroeste de Minas

Veja também

Mais lidas

Mais do G1
Deseja receber as notícias mais importantes em tempo real? Ative as notificações do G1!