Por g1 Triângulo — Uberlândia


Servidores municipais de Uberlândia — Foto: Gabriel Sarreta

Servidores Municipais fazem uma paralisação na manhã desta sexta-feira (8) para reivindicar melhores condições de trabalho e reajuste salarial de 37,5%. Os profissionais foram até a Câmara de Vereadores pedir respostas ao Executivo.

Segundo o Sindicato dos Servidores Municipais de Uberlândia (Sintrasp), o pedido de melhorias foi enviado à Prefeitura no dia 5 de dezembro do ano passado. Contudo, até o momento as solicitações não foram atendidas.

Por meio de nota, a Prefeitura informou "que realiza estudos de recomposição salarial do funcionalismo público de forma responsável e transparente, considerando a realidade atual e as projeções financeiras do Município para este ano". Veja abaixo a íntegra.

Entre os servidores municipais paralisados estão professores, profissionais de autarquias e de diversos setores. Eles disseram que vão decidir se a paralisação prossegue após uma assembleia, prevista para a tarde desta sexta.

O Sindicato dos Professores Municipais de Uberlândia (SINPMU) informou à TV Integração que em decorrência da mobilização, das 169 escolas da rede municipal, 92 tiveram o funcionamento afetado nesta sexta.

Além de reajuste salarial de 37,5%, os servidores pedem por melhores condições de trabalho — Foto: Gabriel Sarreta

"Se não nos deixarem sonhar, não deixaremos que eles durmam, não voltaremos sem nada para casa", afirmou o presidente do Sintrasp, Ronaldo Ferreira.

De acordo com o presidente do sindicato, as reivindicações são históricas e vêm de uma série de descasos que ocorrem na rede municipal de Uberlândia.

Em depoimento na Câmara, a vice-presidente do Sintrasp, Márcia Novicof, citou exemplos de funcionários que executam sozinhos tarefas que deveriam contar com um grupo maior, e sobre os esforços que os servidores fazem nas escolas para suprir o abandono governamental.

"Por que em Uberlândia não se fala que nas escolas uma banana tem que ser dividida em duas e uma maçã em quatro? Tudo tem que ser mendigado", disse a vice-presidente.

Márcia também ressalta que servidoras vêm sofrendo com casos de assédio e discriminação, e que nada é feito para combater.

"Aqui ninguém solta a mão de ninguém", enfatizou Ronaldo.

O que diz a Prefeitura

"A Prefeitura de Uberlândia informa que acompanha o grave cenário econômico nacional e realiza estudos de recomposição salarial do funcionalismo público de forma responsável e transparente, como sempre fez, considerando a realidade atual e as projeções financeiras do Município para este ano.

Reitera, ainda, a responsabilidade e os esforços da gestão municipal para garantir os serviços prestados à população, apesar deste quadro de forte queda de arrecadação, especialmente decorrente das mudanças das regras do ICMS educação e da não inclusão do IPI no VAF pelo Estado.

A Administração reforça o compromisso e respeito com os servidores públicos, que já foram prejudicados no passado recente com atraso e parcelamento de salários e falta de repasses nos empréstimos consignados, além da perda de recursos no Ipremu.".

Mobilização na Câmara de Vereadores de Uberlândia — Foto: Gabriel Sarreta

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