Por TV Integração e g1 Triângulo — Araxá


Cairo Luiz de Carvalho, ex-vereador de Tapira, foi condenado a 26 anos de prisão em 2018 na cidade de Araxá. — Foto: Reprodução/TV Integração

A Justiça de Araxá decretou a prisão definitiva de Cairo Luiz de Carvalho, acusado de matar a jovem Mariana Perdoná, de 27 anos. O crime foi em maio de 2012 e o corpo de Mariana, que estava grávida, foi encontrado próximo a uma ponte, em Tapira, no Alto Paranaíba.

Cairo foi condenado a 26 anos em julgamento de 2018, mas estava em liberdade.

A defesa de Cairo alegou que ele não matou Mariana e também não era o pai do bebê que ela esperava. Na decisão de 2018, ele foi condenado por homicídio triplamente qualificado, aborto e ocultação de cadáver.

O mandado de prisão atual foi expedido na quinta-feira (26) pelo juiz Renato Zupo, a pedido do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).

"O Ministério Público requereu a execução provisória da sentença, assim como a acusação. Como a culpa já está consolidada e decidida por dois tribunais, o de júri e o de justiça, enquanto recursos especiais e extraordinário [solicitados pela defesa] estão pendentes, a Justiça de Araxá decretou a prisão dele", explicou o juiz.

Apesar da defesa já ter apresentado recurso contra a decisão mais recente, a prisão ainda deve ser feita.

"Não foi concedido, ou ao menos não foi concedido ainda, o efeito suspensivo da requisição. Se for concedido, a prisão será suspensa. O que temos agora é uma prisão em vigor em vias de ser cumprida", disse.

A pena de Cairo Assunção foi reduzida, pois o crime de aborto foi prescrito desde a data da primeira decisão. A pena consolidada agora é de 13 anos em regime inicialmente fechado por homicídio triplamente qualificado.

A TV Integração tentou contato com a defesa de Cairo Assunção e aguarda retorno.

Relembre o caso

Cairo teria arremessado o corpo de Mariana, que estava grávida de dois meses de um filho dele, de uma ponte de 8 metros de altura após matar a jovem.

Na época, a polícia identificou sinais de estrangulamento e outras agressões no corpo. O motivo seria a gravidez, uma vez que Cairo teria insistido em um aborto, mas a vítima teria recusado.

As investigações apontaram que Cairo espancou, esganou e bateu a cabeça da vítima contra uma estrutura do veículo em que ele e Mariana estavam. Apontaram, também, que a vítima e o autor tiveram um relacionamento em uma festa e ela ficou grávida.

Justiça decreta prisão de ex-vereador acusado de matar jovem em Tapira em 2012

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