Corpo de Bombeiros de MG recebe dois helicópteros equipados como UTIs aéreas; saiba como funcionam

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O planejamento das aeronaves começou em 2012 quando foi criado o Suporte Aéreo Avançado de Vida (SAAV).

Os helicópteros serão os primeiros H145 de Minas Gerais. Durante as missões, eles estarão tripulados por bombeiros, médicos e enfermeiros do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

"No estado do nosso tamanho, ela vem se somar às demais aeronaves que nós temos para ter uma cobertura de 100% no território mineiro. Cada aeronave dessa custa um pouco mais de R$ 80 milhões, então, hoje mais de R$ 160 milhões, com duas imponentes aeronaves capazes de transportar dois pacientes ao mesmo tempo e as mais modernas do país", disse Fábio Baccheretti, secretário de estado de Saúde.

Com capacidade para transportar dois pacientes simultaneamente, as aeronaves são equipadas com tecnologia de ponta para realizar atendimentos pré-hospitalares e transportes intrahospitalares.

"Trata-se de uma UTI aérea, tem equipamento como cardioversor, ventilador, oxigênio e incubadoras. Então é possível transportar nessas aeronaves dois pacientes simultaneamente e esses equipamentos também são duplicados para possibilitar a troca em caso de manutenção de um equipamento, garantindo maior disponibilidade para atendimento à população, seja o atendimento pré-hospitalar, no acidente automobilístico, em locais de difícil acesso, seja no transporte intra hospitalar de uma porta de entrada até um outro hospital com melhor condição de tratamento do paciente ou até mesmo no apoio a MG Transplante em casos de desastres, como aconteceu na pandemia em que foram utilizadas para transportar vacinas e também pacientes graves de uma região para outra", afirmou Karla Lessa, comandante do Batalhão de Operações Aéreas.

As aeronaves foram fabricadas pela Helibras, empresa localizada em Itajubá. Atualmente, elas são consideradas as mais modernas e versáteis do mercado.

"Ela é uma aeronave que a gente diz que ela pode voar, em qualquer tempo, então ela é totalmente equipada, como vocês podem ver, com instrumentos de voo. Também é toda automatizada para reduzir bastante a carga de trabalho da tripulação e poder diminuir também o risco da operação", explicou o presidente da Helibras, Alberto Duek.

"Como ela é multimissão, ela agora está configurada para UTI aérea, mas ela pode ser configurada também para salvamento num lago, numa lagoa, no mar, etc. E o piloto, avistando o náufrago, ele aperta um botão e o helicóptero faz o procedimento todo sozinho e para em voo em cima do náufrago para poder arriar esse equipamento que está aqui, que é o guincho, e poder salvar o náufrago e resgatá-lo ainda em tempo de estabelecer os procedimentos para mantê-lo vivo", completou o presidente da Helibras.

Os helicópteros passarão por um período de treinamento antes de entrarem em operação. Uma das aeronaves será destinada à cidade de Varginha e deve iniciar os atendimentos entre janeiro e fevereiro de 2025. A outra permanecerá na Helibras, em Itajubá, para dar suporte aos treinamentos.