Por G1 Sul de Minas


Audiência pública discute reflexos do corte de verbas da educação na Unifal-MG

Audiência pública discute reflexos do corte de verbas da educação na Unifal-MG

Representantes do Legislativo e da comunidade acadêmica debateram na noite de quinta-feira (23) os reflexos do corte anunciado pelo Ministério da Educação, que afeta diretamente a Universidade Federal de Alfenas (Unifal). O encontro levantou o alerta para os impactos do contingenciamento na economia do município, para além dos muros da instituição de ensino.

"Nós já sabemos que já estão tendo demissões. Então, cada pessoa demitida hoje... Emprego tá uma coisa muito difícil. Tem ainda a questão do corte de bolsas. Corta bolsa e o aluno vai investir menos na cidade, vai comprar menos no comércio, no vestuário. Então, com certeza vai prejudicar bastante nossa cidade de Alfenas", disse o vereador Waldemilson Gustavo (Pros), responsável por convocar a audiência pública.

Universidade Federal de Alfenas já registra impactos do anúncio de cortes de recursos do MEC — Foto: Reprodução/EPTV

Alunos

A Unifal possui quase 7 mil alunos, que serão impactados de alguma forma. Leandro Oliveira Domingos é um dos estudantes. Ele recebe auxílio-alimentação e conta que já busca alternativas para manter a alimentação.

"Alguns meios que a gente achou é obter algum recurso financeiro para conseguir cesta básica, ir na Prefeitura ver se tem algum projeto social que possa manter esses alunos. A gente está fazendo toda essa mobilização para ver como podemos ajudar os alunos afetados", disse.

Reflexos já iniciaram

O reitor da Unifal, Sandro Amadeu Cerveira, também esteve no debate na Câmara e contou que os impactos do corte que corresponde a 30% do valor total recebido pela universidade durante um ano, já iniciaram. A universidade já realizou a dispensa de trabalhadores terceirizados, que podem afetar a economia no município.

"Nós já estávamos trabalhando com uma expectativa de contingenciamento de 20%, o que já nos levou a tomar a decisão de enxugar algumas áreas, entre elas, uma das mais caras nossas que é a terceirização. Nós tivemos que reduzir o número de funcionários terceirizados para tentar chegar ao final do primeiro semestre, que é onde nós temos a liberção do recurso e, consequentemente, chegar ao final do ano amntendo as metas de responsabilidade fiscal "

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