Vereadores de BH eleitos são diplomados
O prefeito reeleito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), não compareceu à diplomação dos políticos eleitos em 2024, evento realizado no final da tarde desta quarta-feira (18) no Centro da cidade.
Em entrevista à imprensa, o vice-prefeito eleito, Álvaro Damião (União Brasil), informou que Noman está em casa se recuperando e que ele enviou uma carta, que foi lida pelo cerimonial. No texto, ele lamentou a ausência e parabenizou os eleitos.
Os dois integrantes da chapa serão diplomados nesta quinta-feira (19), na sede do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MG). Fuad não vai comparecer e enviará um representante.
“O prefeito está bem. O estado de saúde dele é público, já sabemos que ele foi liberado do hospital no último final de semana e está em casa, se recuperando. E a gente torce pela recuperação dele o mais rápido possível”, afirmou o vice-prefeito eleito.
Vice-prefeito eleito, Álvaro Damião (União Brasil), em entrevista à imprensa. — Foto: Esley Rezende/TV Globo
Fuad Noman teve alta no último domingo (15) após ficar internado no Hospital Mater Dei, na Região Centro-Sul de BH, com um quadro de pneumonia e sinusite.
Essa foi a segunda internação do prefeito em menos de um mês. Em novembro, ele foi hospitalizado para tratar dores nas pernas provocadas pela terapia contra o câncer.
Em julho deste ano, Fuad contou que, após exames de rotina, foi diagnosticado com um pequeno Linfoma não Hodgkin (LNH). Ele passou por cirurgia e, imediatamente, iniciou as terapias para combater a doença.
Em outubro, durante o período eleitoral, o prefeito informou que havia concluído o tratamento.
A diplomação
Diplomação dos políticos eleitos em Belo Horizonte — Foto: Rodrigo Salgado/g1
Além do vice-prefeito, estiveram presentes no evento 40 dos 41 vereadores eleitos para a legislatura 2025-2028 — só Flávia Borja (DC) não compareceu — e nomes ligados a eles, entre assessores, padrinhos políticos e familiares. O clima foi de tranquilidade e celebração entre os futuros parlamentares, inclusive entre nomes de diferentes espectros políticos.
O vereador mais votado de Belo Horizonte, o novato Pablo Almeida (PL), ligado à direita e ao deputado federal Nikolas Ferreira (PL), disse que pretende fazer um “excelente trabalho” e que espera “uma atitude diferente” de Fuad neste segundo mandato.
“A gente não quer fazer oposição por oposição. Temos uma linha do que for benéfico pra cidade, a gente vai estar junto. O problema é que eu não tenho visto esse tipo de postura da atual gestão, infelizmente”, disse Pablo Almeida.
Já Iza Lourença (Psol), terceira parlamentar mais votada de BH e a melhor colocada entre aqueles da esquerda, afirmou que vai continuar “lutando pelos direitos dos trabalhadores”, que quer priorizar a pauta ambiental neste novo mandato e que o campo progressista não será “base aliada automática” de Fuad Noman.
“Tudo o que consideramos progressista para a cidade, nós votamos com o governo. E o que a gente considera ruim, votamos contra. A maioria das coisas, é verdade, que a gente vota com o prefeito Fuad, porque foram propostas importantes. Pretendemos manter nossa postura independente”, declarou Iza Lourença.
Autoridades
Na Mesa Diretora estavam autoridades dos Três Poderes, incluindo o presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MG), Ramom Tácio.
Representando o governo de Minas Gerais, estiveram presentes o vice-governador Mateus Simões (Novo) e o secretário de estado da Casa Civil, Marcelo Aro (PP) — este que lidera um grupo político com presença relevante na Câmara de BH. O governador Romeu Zema (Novo) não esteve presente.
Representando o Legislativo, estiveram presentes o 3º secretário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), deputado estadual João Vitor Xavier (Cidadania), e a secretária-geral da Câmara de BH, Marcela Trópia (Novo). Eles estavam representando os presidentes Tadeu Martins Leite (MDB) e Gabriel Azevedo (MDB), respectivamente, que não compareceram.
A diplomação é o ato da Justiça Eleitoral que confirma os candidatos eleitos como aptos a assumir os cargos. O evento é realizado pelo TRE e ocorre após a verificação da legalidade da eleição e das prestações de contas das campanhas. Na cerimônia, os eleitos recebem um diploma, que é o documento formal necessário para a posse, prevista para 1º de janeiro.