Por Redação g1 — Belo Horizonte


Congonhas, Região Central de MG (foto ilustrativa) — Foto: Reprodução/TV Globo

Vereadores de Congonhas, na Região Central de Minas Gerais, recuaram da proposta de reajustar o salário do futuro prefeito da cidade para um valor próximo ao recebido pelo presidente e pelo vice-presidente da República. O projeto previa um vencimento de R$ 43,9 mil — apenas R$ 2,4 mil a menos do que o valor pago aos ocupantes dos cargos mais altos do Executivo federal.

O texto foi vetado pelo atual prefeito, sob justificativa que o valor ficaria próximo ao teto constitucional para funcionários públicos — cifra paga ao presidente, ao vice-presidente e aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Em uma reunião de 25 minutos de duração na manhã desta sexta-feira (6), entretanto, os vereadores aprovaram, por unanimidade, um novo projeto de lei fixando o salário de R$ 36.483,16 para o prefeito, R$ 21.889,38 para o vice-prefeito e R$ 18.241,57 para os secretários.

O novo texto agora segue para sanção ou veto do atual mandatário. Se aprovado, entrará em vigor a partir de 1º de janeiro de 2025, com reajustes anuais até o fim da legislatura, em 2028.

Proposta de salário maior que do prefeito de BH

Apesar de menor que o teto constitucional, o novo valor aprovado pelos vereadores de Congonhas nesta sexta é maior que os salários recebidos pelos prefeitos das maiores cidades de Minas Gerais em 2024.

Confira, abaixo, os salários dos prefeitos das quatro maiores cidades do estado neste ano:

  • R$ 35.308,38 — salário bruto do prefeito de Belo Horizonte;
  • R$ 21.142,00 — salário bruto do prefeito de Uberlândia;
  • R$ 27.027,45 — salário bruto da prefeita de Contagem;
  • R$ 27.200,35 — salário bruto da prefeita de Juiz de Fora.

De acordo com o Censo 2022, Congonhas tem 52.890 habitantes, sendo a 66ª maior cidade mineira.

"Hoje o atual salário do prefeito é no valor de R$ 34.878,74, aproxima de R$ 35 mil. O que a Câmara está fazendo é colocando o reajuste do INPC, que é obrigatório por lei, de 4,6%, que vai fazer valer a partir de janeiro. A decisão de recuarmos do projeto inicial e estarmos aprovando esse novo projeto com os novos valores foi uma decisão conjunta. [...] O projeto anterior realmente ficou com o valor desproporcional", defendeu o presidente da Câmara, Igor Souza Costa (PL), durante a reunião.

Em nota, a Prefeitura de Congonhas afirmou que analisará o novo projeto aprovado assim que for notificada.

Vídeos mais assistidos do g1 MG

Veja também

Mais lidas

Mais do G1
Deseja receber as notícias mais importantes em tempo real? Ative as notificações do G1!