Por Fernando Zuba, Alex Araújo, TV Globo e g1 Minas — Belo Horizonte


Polícia faz operação contra crimes ambientais em BH e outras 16 cidades do estado

Polícia faz operação contra crimes ambientais em BH e outras 16 cidades do estado

A Polícia Civil faz, na manhã desta quinta-feira (28), a "Operação Angra" em 17 cidades mineiras para combater receptação, falsidade ideológica, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro relacionadas a crimes ambientais.

De acordo com a instituição, 36 mandados de busca e apreensão são cumpridos e as investigações apontaram movimentação de R$ 260 milhões, sem comprovação, em cerca de dois anos.

A ação é feita nas seguintes cidades:

Região Metropolitana

Região Central

Região Centro-Oeste

Polícia Civil faz operação para combater crimes ambientais em Minas Gerais — Foto: Polícia Civil/Divulgação

Alvos

Os controladores de uma unidade de tratamento minerário (UTM) e a própria UTM, em Itabirito, foram indiciados em 2023 por crimes ambientais por fazerem serviços potencialmente poluidores, sem licença ambiental, e pelo corte de árvores da Mata Atlântica.

No primeiro inquérito apurou-se que o empreendimento era um dos principais destinatários de minério de origem ilícita do quadrilátero ferrífero, e que os administradores têm ocorrências de crimes ambientais ao longo dos últimos dez anos.

Um novo inquérito foi instaurado e apontou lavagem de dinheiro que envolvia empresários que vendiam ilegalmente o minério. Eles criavam empresas de fachada e “laranjas” com o objetivo de ocultar os rendimentos ilegais.

Segundo a Polícia Civil, o comércio ilegal de minério é um dos grandes financiadores da destruição de áreas protegidas em Minas Gerais sem a devida compensação ambiental, o que acelera as mudanças climáticas, além do crime de sonegação fiscal.

A instituição não divulgou os nomes das empresas e dos suspeitos envolvidos na "Operação Angra".

Polícia Civil faz operação para combater crimes relacionados ao meio ambiente — Foto: Polícia Civil/Divulgação

'Angra'

A "Operação Angra" é realizada pela Polícia Civil, por meio do Departamento Estadual de Investigação de Crimes Contra o Meio Ambiente (Dema), e foi batizada com o nome da deusa do fogo e da metalurgia, na mitologia tupi-guarani.

A ação conta com o apoio da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) e de auditores da Secretaria de Fazenda do Estado de Minas Gerais (Sefaz-MG).

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