Por Bom Dia Minas — Belo Horizonte


Faixa foi estendida no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana — Foto: Reprodução/TV Globo

Atingidos fazem homenagem para lembrar os 5 anos da tragédia, em Mariana

Atingidos fazem homenagem para lembrar os 5 anos da tragédia, em Mariana

Moradores atingidos pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, na Região Central de Minas Gerais, fizeram uma série de atos nesta quinta-feira (5), data em que a tragédia completa cinco anos, para protestar e homenagear as vítimas. No desastre, 19 pessoas morreram.

Pela manhã, houve entrega de mudas de árvores em Acaiaca. À tarde, às 15h, uma caminhada no distrito de Gesteira, em Barra Longa.

Protestos de atingidos por barragens estão previstos ao longo do dia

Protestos de atingidos por barragens estão previstos ao longo do dia

Na Praça Minas Gerais, em Mariana, às 16h30, teve ato cultural em memória das vítimas com apresentação de artistas populares e lançamento do livro "Nosso trem é outro". Às 18h30, projeções sobre os cinco anos da tragédia.

Os atos foram realizados pelo Fórum Permanente da Bacia do Rio Doce, Comissão de Meio Ambiente da Província Eclesiástica, Cáritas Brasileira Minas Gerais, Escola Família Agrícola Paulo Freire e Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB).

'Museu Destruição'

Exposição fotográfica mostra rastro de destruição da lama e histórias em Mariana

Exposição fotográfica mostra rastro de destruição da lama e histórias em Mariana

Um grupo de fotógrafos reuniu fotos tiradas na época do rompimento da barragem e montou uma exposição, no Mercado Novo, no Centro de Belo Horizonte. Registros que mostram o rastro de destruição da lama e histórias interrompidas.

"Aço sobre teto. Retrato de um objeto que não deveria voar", "Lama fatal sobre estofado revestido de tecido vermelho" e "Bíblia Sagrada com cobertura de lama tóxica" são algumas das obras na exposição fotográfica "Museu Destruído"..

Há exatos cinco anos, a barragem de Fundão se rompia matando 19 pessoas, destruindo os distritos de Bento Rodrigues, Paracatu de Baixo e todo o leito do Rio Doce.

A mostra tem retalhos da tragédia como elemento questionador da impunidade.

"A gente achou que a arte serve pra contestar esses momentos. A arte está aqui pra fazer as pessoas pensarem, refletirem e que, de cerca forma, esse dia 5 de novembro nunca seja esquecido", fala o fundador do museu, Pablo Gomide.

As fotos foram tiradas durante esses cinco anos por três fotógrafos. Eles refizeram parte do trajeto da lama e mostram o que ficou pelo caminho, sonhos interrompidos, histórias engolidas pela lama.

"A gente queria que as fotografias contassem a essas histórias que foram perdidas, esses sonhos que foram interrompidos, perdidos", acrescenta.

A exposição é temporária e pode ser visitada gratuitamente no segundo andar do Mercado Novo.

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