Carnaval em BH: Juventude Bronzeada leva multidão de foliões ao bairro Floresta

O primeiro cortejo do grupo foi em 2014 com o intuito de celebrar a história da música baiana, sobretudo o período compreendido entre as décadas de 1980 e 1990, no qual grupos como Banda Eva, Bamdamel, Olodum e Timbalada lançaram canções que se consagraram como hits do axé music.

Em 2020, a bateria foi composta por aproximadamente 350 batuqueiros, divididos entre os instrumentos caixa, repique, surdo, agbê, timbau, tamborim e agogô.

Além de fomentar a música autoral na cidade, o Juventude quer manter a defesa de bandeiras como liberdade de expressão, igualdade social, luta contra qualquer tipo de discriminação e igualdade de direitos e respeito às mulheres.

O administrador Lucas Almeida, de 27 anos, o técnico em segurança do trabalho Luciano Chaves, de 32, e o engenheiro civil José Nelson, de 34, estão curtindo o Juventude Bronzeada.

“Sempre passei o Carnaval em Minas porque minha família é daqui. Nos anos anteriores, eu ia pro interior, Bom Jardim de Minas, São João Del Rei e Ouro Preto, mas em BH é a primeira vez. Sou de Barra Mansa, interior do Rio. Eu queria conhecer os blocos em BH, aqui é bem tranquilo, sem confusão a galera se respeita e tem segurança. O pessoal é muito simpático”, elogiou Lucas.

O engenheiro de medição e tecnologia Lucas Francisco, de 29, veio Campinas (SP) e gastou nove horas de carro na viagem.

“Eu sou daqui, não deixo BH nunca! Aqui tem o melhor carnaval do Brasil. Moro em SP há 10 anos. Já estive no Rio e Salvador, mas nada supera BH. Eu sou gay cis e aqui tenho liberdade pra ser quem eu sou. Eu sou piranha, mas estudada", disse, rindo.

A esteticista Maiara Ribeiro, de 29, veio de Ubatuba (SP) e enfrentou 15 horas de estrada.

“A festa, o calor da galera é completamente diferente da minha cidade. A comida, o povo mineiro é maravilhoso. Aqui tenho a liberdade de ser quem eu sou. Eu sou lésbica e a minha cidade é muito preconceituosa. Aqui eu me sinto à vontade”, declarou-se a BH.

Marcos Souza, de 36 anos, é caminhoneiro e mora em Salvador, na Bahia. Ele admira ver o evento crescendo cada vez mais na capital mineira e elogia a tranquilidade do bloco.

“O carnaval em BH tem crescido e está bem legal. É meu sexto ano aqui… minha primeira vez foi em 2017. Venho dirigindo. Aqui o evento é sensacional e da pra todo mundo curtir de boa.”