Mato Grosso. (Foto: Reprodução/TVCA)
Aproximadamente dez pessoas foram presas nos arredores do garimpo da Serra da Borda, em Pontes e Lacerda, a 483 km de Cuiabá, desde a última sexta-feira (06), quando chegou reforço de policiais especializados da Secretaria de Segurança Pública à região. A área, que pertence à União, foi invadida em dezembro de 2016 por integrantes de facções criminosas. Considerados de alta periculosidade, esses bandidos estão fortemente armados, segundo a Polícia Civil. Essa foi a terceira invasão ao garimpo desde o ano de 2015.
A informação sobre as prisões foi repassada ao G1 pelo delegado Gilson Silveira, do município. Na semana passada, a Sesp enviou policiais de tropas como a do Bope (Batalhão de Operações Especiais), da Polícia Militar, e do GOE (Grupo de Operações Especiais), da Polícia Civil.
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O efetivo da Sesp, entretanto, deverá atuar nos arredores do garimpo, já que o estado só pretende fazer a desocupação da área se houver apoio da Força Nacional de Segurança e do Exército. Pedido de reforço federal já foi feito ao Ministério da Justiça, mas ainda não teve resposta.
Segundo Silveira, os presos são de outros estados e vão responder por extração ilegal de ouro e crime de desobediência, porque a Justiça Federal já determinou que a exploração aurífera no local não pode ser feita sem a autorização do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM).
O DNPM, por sua vez, autorizou uma mineradora a fazer estudos de exploração de ouro na serra da Borda. Porém, no dia 30 de dezembro de 2016, homens fortemente armados expulsaram os seguranças da empresa e 'tomaram' a área. Eles ainda trocaram tiros com os policiais que foram até a região para resgatar os vigilantes.
"Essas pessoas presas foram abordadas na área ao redor do garimpo e levadas à delegacia. Com a atuação desse reforço policial, quem está indo para o garimpo não consegue entrar. E, quem sai, é abordado", explicou o delegado.
De acordo com Silveira, os presos não estavam armados e, por ora, ainda não se tem a informação de que eles pertencem a facções criminosas. "Eles têm perfil de garimpeiros, mas ainda estamos identificando", acrescentou.