segurança (Foto: Reprodução/TVCA)
O ex-cabo da Polícia Militar de Mato Grosso, Hércules de Araújo Agostinho, condenado pela Justiça a cumprir mais de 162 anos de prisão por diversos crimes de homicídio foi transferido da Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá, na noite desta sexta-feira (28), para o presídio federal de Campo Grande (MS).
A operação, informou a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos do estado (Sejudh), contou com um forte aparato de segurança. Ele foi retirado da unidade prisional e encaminhado para o aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, na região metropolitana de Cuiabá.
De acordo com a Sejudh, o ex-cabo Hércules ficará na unidade federal por um ano, período que pode ser prorrogado. Conforme denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), o ex-cabo da Polícia Militar foi contratado pelo ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro para cometer assassinatos em Mato Grosso.
Última condenação
Em março deste ano, Hércules voltou ao banco dos réus e foi condenado a mais 45 anos e dois meses de prisão pelos crimes de duplo homicídio, tentativa de homicídio e formação de quadrilha que foram somados aos 117 anos de condenação que ele já acumulava.
Segundo o MPE, Hércules foi contratado em junho de 2002 pelo ex-bicheiro para matar Rivelino Jacques Brunini, que na época era sócio da empresa de máquinas de caça-níqueis que pertencia a organização criminosa chefiada por Arcanjo. Segundo o MPE, Brunini associou-se a outro grupo sediado no Rio de Janeiro e, por isso, teria tido a morte encomendada.
Brunini foi surpreendido pelo ex-militar em uma oficina mecânica. Ele foi atingido por sete tiros e morreu na hora. No mesmo local, Fauze Rachid Jaudy foi baleado e morreu a caminho do Pronto-Socorro. O pintor Gisleno Fernandes, que também estava na oficina, sobreviveu ao atentado. De acordo com a denúncia do MPE, Hércules recebeu ajuda do comparsa Célio Alves, ex-policial militar, que foi condenado há mais de 80 anos de prisão por diversos assassinatos a mando de João Arcanjo Ribeiro.
Com a transferência, Hércules se junta a Célio e Arcanjo que também estão presos no presídio federal de Campo Grande. Ainda segundo a Sejudh, a permanência de Arcanjo na unidade federal foi prorrogada por mais um ano. Neste ano, 15 presos perigosos foram transferidos de Mato Grosso para unidades federais em outros estados.
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