07/04/2016 19h06 - Atualizado em 08/04/2016 10h50

Suspeito é liberado e polícia ouve 6 em caso de estupro na UFGD em MS

Delegada diz que aluna da universidade não informou local correto do fato.
Setor de investigação analisa imagens e mais testemunhas são ouvidas.

Graziela RezendeDo G1 MS

Após a perícia comprovar que o estupro de uma jovem de 25 anos, denunciado à polícia no início desta semana, não ocorreu no banheiro da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), a polícia busca agora confirmar onde teria ocorrido o crime. O suspeito foi liberado e outros seis são investigados.

Ao G1, a delegada Paula dos Santos Oruê, titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), do município distante 214 quilômetros da capital de Mato Grosso do Sul, disse que a vítima vai prestar um novo depoimento e imagens de câmeras continuam em análise.

"O suspeito foi liberado porque não houve situação de flagrante. Nós ouvimos até o momento seis pessoas. Não ocorreu no banheiro da faculdade como havia sido divulgado. A vítima será ouvida novamente, acrescentando que as testemunhas não confirmaram o banheiro como local do crime. Câmeras foram analisadas e a perícia não encontrou vestígios da prática de delito", explicou a delegada.

Caso
Segundo declarações da mãe da vítima à polícia, o crime teria ocorrido na manhã dessa segunda-feira (4). Na manhã dessa terça-feira (5), estudantes protestaram por mais segurança na Cidade Universitária. Eles pediram melhorias e mais segurança.

Em nota, a UFGD e a UEMS, onde a jovem estuda, informaram que "lamentam e repudiam" o episódio e que prestam toda assistência à acadêmica, ajudando ainda na investigação policial.

Crime
Foi a mãe da jovem quem denunciou a violência sexual à polícia, na tarde de segunda-feira (4). Ela contou aos policiais que a filha chegou em casa, correu para o banho e, em seguida lavou a calcinha no tanque. A mãe estranhou a situação e viu que a calça da filha tinha manchas de sangue.

Em conversa com a jovem, ela primeiramente disse que uma amiga havia sido estuprada e depois falou que a vítima havia sido ela. O crime teria ocorrido nas proximidades da biblioteca, cujo prédio é dividido entre as duas universidades, cujas dependências ficam no mesmo campus.

A mulher denunciou o estupro e entregou à polícia as roupas com sangue e também laudos médicos que comprovam que a filha tem distúrbio neurológico e faz tratamento desde criança.

Suspeito
Conforme o boletim de ocorrência, suspeito e vítima namoraram no ano de 2014 e o relacionamento teria terminado porque a família dela não aceitava. O homem tem passagem policial por roubo, furto e vias de fato em situação de violência doméstica. Ele foi autuado em flagrante pelo estupro.

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