Sindicalistas de Mato Grosso do Sul estão reunidos nesta quarta-feira (16), na praça Ary Coelho, região central de Campo Grande, para fazer um manifesto denominado "Fora Cunha" e em apoio à presidente Dilma Rousseff (PT). Ao G1 o presidente da Central Única dos Trabalhadores do Estado (CUT-MS), Genilson Duarte, disse que o fato ocorre simultaneamente em outras capitais e é um "ato em defesa da democracia".
"Nossa previsão é de reunir cerca de mil sindicalistas, além de outros movimentos e partidos. O ato é em defesa da democracia, contra o golpe e Fora Cunha. Ele [Eduardo Cunha] é uma pessoa investigada, no qual existem provas e que todo grande jurista já deu o parecer a respeito. Ainda tem a OAB [Ordem dos Advogados do Brasil] que se envolveu nesta causa e disse que não há nada que se leve a um impeachment. A forma como ele está fazendo é um golpe", afirmou o presidente.
ocuparam as ruas centrais de Campo Grande
(Foto: Claudia Gaigher/ TV Morena)
A organização afirma que cerca de 1,2 mil manifestantes. Já a Polícia Militar diz que tem 250 pessoas no ato.
Com início previsto para às 17h (de MS), mas começou com 20 minutos de atraso. Os manifestantes começaram a caminhada às 18h05 pela rua 14 de Julho, entre a avenida Afonso Pena e a rua Antônio Maria Coelho. Em seguida, conforme o presidente, eles retornam para a praça. "Estão chegando ônibus com pessoas de Mundo Novo, Corumbá, Naviraí, entre outras cidades", explicou o presidente.
Já chegaram delegações de Miranda, Bela Vista, Guia Lopes da Laguna, Jardim e Dourados, além dos representantes da capital sul-mato-grossense. Os grupos de Coxim e Naviraí tiveram problemas com ônibus, mas estão tentando chegar a tempo para participarem do ato.
o impeachment (Foto: Graziela Rezende/G1 MS)
Em nota, a CUT diz que sai as ruas para denunciar a tentativa de golpe contra a presidente. O ato foi aceito no dia dois de dezembro deste ano, pelo presidente do Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB). Ele teve o apoio do PSDB e categoria ressalta que o objetivo é retirar os direitos da classe trabalhadora e afrontar a democracia.
O presidente do Sindicato dos Eletricitários do estado, Elvio Marcos Vargas, disse que o impeachment pode interromper as conquistas sociais. "As consequencias deste golpe vão afetar sindicatos pessoas menos favorecidas e será o rompimento das inclusões sociais adquirida desde 2002", afirmou.
Na avaliação do presidente do Movimento Frente Brasil Popular de MS, Mario César fonseca da Silva, a reeleição da petista foi um processo legítimo. "A presidente Dilma foi eleita após um rigoroso e legítimo processo. E não há nenhum crime que a responsabilize por algo", ressaltou.
Já o técnico do Conselho Estadual de Educação e ex-presidente da Associação Campograndense de Ensino (ACP), Geraldo Gonçalves, ressaltou que entende a realidade que estamos enfrentando. "Este ato é para o cidadão, contra a pobreza", disse.
e contra Cunha (Foto: Graziela Rezende/G1 MS)
Representantes de várias entidades como CUT, CTB, Intersindical, MST, UNE, CONEN e MTST formam o bloco contra o retrocesso e por mais direitos. É a maior unidade das forças progressistas, de esquerda, desde 1992. As concentrações também ocorrem em Amazonas, Amapá, Bahia, Brasília, Ceará, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Roraima, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo e Mato Grosso.