28/10/2015 17h26 - Atualizado em 28/10/2015 17h26

Empresário entra com pedido para suspender operação Coffee Break

Inquérito foi instaurado para apurar possíveis crimes na cassação de Bernal.
Defesa alega que João Baird não teve oportunidade de contrapor os fatos.

Do G1 MS com informações da TV Morena

O empresário João Baird entrou com pedido de habeas corpus preventivo no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJ-MS) para suspender a investigação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) que apura supostos crimes de corrupção passiva e ativa no processo que cassou o mandato do prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), em março de 2014.

Além disso, a defesa pede para que o empresário tenha oportunidade de se contrapor aos argumentos e documentos presentes nos autos do procedimento investigatório da operação Coffee Break, deflagrada no dia 25 de agosto de 2015.

No pedido, a defesa alega que teria encaminhado documentos ao Gaeco que apontam que Baird não tinha interesse na cassação de Bernal e que os promotores teriam se negado a receber esses documentos.

A produção da TV Morena procurou o Gaeco e, segundo o grupo, o processo já tem quase duas mil páginas e os documentos mencionados pela defesa na decisão são matérias jornalísticas que não têm relevância para a investigação.

“Diante disso, passa-se a demonstrar a ilegalidade decorrente da continuidade da investigação que objetiva apurar ilícito penal também em face do paciente sem que lhe seja oportunizado se contrapor aos argumentos e documentos existentes nos autos do procedimento investigatório, o que merece a imediata intervenção e repulsa pelo Poder Judiciário”, argumentou a defesa do empresário.

Operação
O Gaeco deflagrou a operação depois de obterem informações de que empresários, vereadores e o então vice-prefeito Gilmar Olarte (PP) participaram de um esquema que resultou na cassação de Bernal.

Os promotores conseguiram os dados de gravações da Polícia Federal durante a investigação da operação Lama Asfáltica. Essa ação apurou fraudes em obras do governo de Mato Grosso do Sul e empresas envolvidas podem ter movimentado R$ 600 milhões.

Baird teria se reunido com o presidente da Câmara Municipal, vereador Mario Cesar (PMDB), Olarte e o empresário João Amorim antes da sessão de cassação, conforme depoimento do peemedebista ao Gaeco. Os encontros eram para tratar do futuro governo. Nas conversas interceptadas pela polícia, aparece também o empresário Fábio Portela, conhecido por Fabão.

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