A contratação de 95 projetos de pesquisa e inovação que somam cerca de R$ 10,5 milhões, foi assinada nesta quinta-feira (30) pelo governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB). A assinatura foi durante o 1º Fórum de Ciência, Tecnologia e Inovação no estado.
O evento teve a presença do ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação, Aldo Rebelo. Ele ressaltou que o ministério ampliou a presença no estado na área de pesquisa, com a concessão de bolsas para mestrado, doutorado e pesquisa, nos últimos anos.
"Ao mesmo tempo, temos aumentado nossa presença com financiamento de subvenções pela Finepe, que é a financiadora de pesquisa e projeto. Então, acho que o Mato Grosso do Sul, que já vem crescendo, a uma média acima da média nacional nos últimos 10 ou 12 anos, receberá do ministério da ciência, tecnologia e inovação o apoio necessário para afirmar as suas vocações já existentes e abrir horizontes para vocações novas", afirmou.
fórum de ciência (Foto: Gabriela Pavão/ G1MS)
Rebelo comentou também sobre o projeto de implantar um parque tecnológico internacional em Ponta Porã, município de Mato Grosso do Sul na fronteira do Brasil com o Paraguai, reforçando a importância do parque para as relações com países vizinhos. O projeto já tem terreno cedido pela União e conselho formado.
"É um projeto ousado, mas a ideia é um parque internacional para atrair a presença do que já tem o estado, das suas universidades, suas empresas, e atrair o que um parque tecnológico busca, que são suas incubadoras, as startups, tudo tendo como referência a própria vocação do estado. [...] Para o Brasil, ter parques com essa vocação também é importante para nossas relações com nossos vizinhos, nossos irmãos", ressaltou.
Segundo Azambuja, o objetivo principal do Fórum é aproximar a comunidade científica e a sociedade para aprimorar projetos que tragam benefícios para a população.
"Trazer para dentro a comunidade científica, os órgãos de pesquisa, trazer a discussão, a formatação, as prioridades. O estado precisa discutir ciência, tecnologia e inovação, transformação de ações efetivas e positivas para a sociedade. Temos bons exemplos que podemos construir. O objetivo é criar um fundo de ciência e tecnologia, governo aportando recursos, fazer de Mato Grosso do Sul um estado digital, as redes, as infovias digitais no estado são importantes, é um canal que temos que aprimorar", reforçou.
Ainda segundo o governador, outro objetivo é obrigar a aplicação do fundo de ciência e tecnologia no estado. "O Fórum quer instituir a obrigatoriedade do aporte financeiro que já existe, mas nunca foi cumprido, para transformar esses investimentos e aplicações em benefícios para a sociedade e difundir uma cultura e ir trabalhando com esses organismos de pesquisa. Uma das obrigatoriedades é fazer o cumprimento constitucional da aplicação do fundo de ciência e tecnologia, que nos anos anteriores nunca foi cumprido", afirmou.
Os projetos foram contratados pela Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado (Fundect/MS), em parceira com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnologia (CNPq) em diversos programas. Os recursos de R$ 10,5 milhões são da Fundect, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).
Durante o evento, o governador também assinou a posse dos membros do conselho do Fórum. Os projetos contratados foram aprovados nas Chamadas Públicas Pronex (Programa Núcleos de Excelência), PPP (Programa Primeiros Projetos), Pronem (Programa Núcleos Emergentes) e Tecnova (Programa de Inovação nas Micro, Pequenas e Médias Empresas).