A Polícia Civil investiga o caso de uma menina, de 14 anos, que teria sido estuprada por outro adolescente em uma escola estadual de Mato Grosso do Sul, em Campo Grande. Segundo o delegado Maércio Alves Barboza, da Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude (Deaij), a vítima teria sido obrigada a fazer sexo oral em um garoto, enquanto outros dois adolescentes teriam filmado o abuso.
A mãe da vítima, de 33 anos, denunciou o caso à polícia na sexta-feira (11). Ela e a filha compareceram à Deaij nesta terça-feira (15) para prestarem depoimento. A Secretaria Estadual de Educação (Sed) informou qua vai investigar o caso.
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Segundo o delegado, a menina relatou à polícia que uma amiga, também de 14 anos, disse que conhecia um garoto que queria “ficar” com ela. Ao chegar no local combinado com a amiga, o suspeito teria ameaçado a vítima e dito que, se ela não praticasse o ato, ele e os outros dois colegas dele, que também estavam no lugar, iriam bater nela.
Ainda segundo o delegado, diante da ameaça, a menina teria cedido e praticado o sexo oral no suspeito. Enquanto isso, um dos outros dois adolescentes que estavam no local, teria filmado o abuso. O crime teria ocorrido na quarta-feira (09), em uma sala da escola que está em construção.
A mãe disse ao G1 que soube do caso no outro dia, após os suspeitos divulgarem o vídeo para os alunos do colégio. O diretor chamou ela para uma reunião e comunicou sobre as imagens. A mulher procurou a polícia e registrou um boletim de ocorrência.
No boletim de ocorrência, a mãe alegou ainda que o diretor tratou a filha dela como “envolvida” no caso, e não como vítima, e até pediu para ela tirar a garota do colégio.
A vítima relatou ainda que a amiga já havia feito sexo com alguns meninos da escola em troca de dinheiro.
O delegado informou que os pais de dois dos três adolescentes que participaram do crime foram convocados e devem prestar depoimento nesta terça. Os pais do outro adolescente e da amiga da vítima devem ser ouvidos até o fim da semana.
De acordo com a Deaij, os suspeitos, que têm entre 13 a 15 anos, devem responder por atos infracionais análogos à estupro, divulgação de vídeo de natureza sexual e indução de pessoa à prostituição.