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Por Jornal Nacional


Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defende que BC atue para buscar equilíbrio do dólar

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defende que BC atue para buscar equilíbrio do dólar

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu que o Banco Central atue para buscar um equilíbrio na cotação do dólar no Brasil.

O Banco Central voltou a fazer leilões de dólares no mercado de câmbio. Nesta sexta-feira (20), ofertou US$ 7 bilhões. Na mínima do dia, a moeda americana chegou a R$ 6,04, e encerrou o pregão em queda de 0,81% a R$ 6,07.

Na quinta (19), o dólar chegou a bater os R$ 6,30.

O Banco Central fez dois leilões no total de US$ 8 bilhões. Foi a maior intervenção desde a adoção do câmbio flutuante, em 1999. E a moeda americana fechou a R$ 6,12.

Desde o dia 12 de dezembro, a moeda não fecha abaixo de R$ 6. No ano, a alta acumulada é de 25%.

No encontro com jornalistas, repórteres perguntaram ao ministro Fernando Haddad sobre a disparada do dólar. Ele respondeu que a moeda se valorizou no mundo inteiro, mas que, no Brasil, a alta foi maior, e evitou dizer que o novo patamar para a cotação do dólar é acima de R$ 6.

"O Banco Central, até pelo que foi dito ontem pelos diretores, ele não fixa uma meta para o câmbio, ele quer evitar as disfuncionalidades que eles reconheceram a ver no pronunciamento de vários dos diretores. Mais de um diretor se manifestou sobre isso, inclusive um deles defendendo nessas ocasiões o uso de reservas para que essa acomodação pudesse acontecer", disse.

“Eu não vou cometer o equívoco de dizer qual é a meta de câmbio que o Banco Central tem que mirar. Porque o problema do Banco Central é a meta de inflação, não tem outra coisa com que ele tenha que se preocupar. Ele tem hoje uma meta contínua e ele tem que estabelecer um calendário para trazer essa meta, a inflação para a meta num espaço de tempo que seja adequado para política monetária funcionar”.

Haddad reconheceu que a demora pelo governo na divulgação do pacote fiscal aprovado pelo Congresso contribuiu pra pressionar a cotação do dólar, e ressaltou que o Banco Central vem atuando no câmbio.

Haddad defende que Banco Central atue para buscar equilíbrio na cotação do dólar no Brasil — Foto: Reprodução/TV Globo

“Houve um fortalecimento da moeda americana no mundo inteiro e aqui o fortalecimento foi maior. Então nós temos de corrigir essa escorregada que o dólar deu aqui, não no sentido de buscar um nível de dólar, não no sentido de mirar uma meta, não é nesse sentido que eu penso que devemos atuar".

"O sentido, na minha opinião, que o Banco Central deveria atuar - mas isso é atribuição dele - mas na minha opinião é que você não deve buscar um nível, tem que buscar um equilíbrio. Então sempre que houver disfuncionalidade por incerteza, insegurança, seja lá o que for, que gere uma disfuncionalidade no mercado de câmbio e no mercado de juros, o Banco Central deve promover correções nesse sentido".

"Houve problema de comunicação no final do ano, que fez com que o dólar no Brasil tivesse uma valorização mais forte do que entre os pares. Então é preciso corrigir a comunicação, corrigir, tomar as medidas porque não é só a comunicação, também tem que tomar medidas e fazer com que isso traga o câmbio não para um patamar especifico, mas para uma situação de funcionalidade".

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