Justiça do Tocantins mantém ex-governador Mauro Carlesse preso
De acordo com os promotores, Mauro Carlesse pagou 1,5 mil euros pelo aluguel de uma casa em uma vila de 50 habitantes no município de Perugia, na Itália. Carlesse tem cidadania e passaporte italianos. Os promotores afirmam que a cidade seria um dos possíveis destinos do ex-governador em sua fuga. Carlesse alega que alugou o imóvel para passar férias.
O ex-governador e um sobrinho, Claudinei Aparecido Quaresemin, que já estava preso, conseguiram identidade e autorização para permanência provisória também no Uruguai.
Os promotores de Justiça afirmam que Mauro Carlesse planejava se fixar na Itália ou no Uruguai para fugir das ações penais que enfrenta na Justiça do Tocantins. O ex-governador já foi alvo de cinco operações da Polícia Federal, sendo a última em agosto de 2024. A PF encontrou o suposto plano de fuga em celulares de Carlesse.
Mauro Carlesse foi governador do Tocantins de 2018 a 2021. Em novembro de 2020, o Superior Tribunal de Justiça o afastou do cargo. Seis meses depois, renunciou para evitar um processo de impeachment.
O Ministério Público acusa o ex-governador de corrupção, lavagem de dinheiro, fraude em licitações, falsidade ideológica, obstrução de investigação, organização criminosa e peculato. Ele é suspeito de desviar R$ 44 milhões do plano de saúde dos servidores.
Carlesse é o terceiro ex-governador do Tocantins a ser preso.
Carlesse deu entrevista logo depois de fazer o exame de corpo de delito.
"Tudo isso que estão me acusando, você pode ter certeza que eu vou provar. É só pegar o documento, analisar o que fizemos e ver se tem alguma coisa minha relacionada a alguma propina, a alguma coisa que possa me incriminar. E estou à disposição da Justiça”, disse Mauro Carlesse, ex-governador do Tocantins.
Justiça do Tocantins mantém ex-governador Mauro Carlesse preso — Foto: Reprodução/TV Globo
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