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Por Jornal Nacional


Novo governo sírio tem dificuldades para iniciar reconstrução do país

Novo governo sírio tem dificuldades para iniciar reconstrução do país

Os rebeldes que tomaram o poder na Síria estão analisando a situação financeira do governo enquanto buscam reconstruir o país.

Em mais um sinal do fim da era Bashar al-Assad, rebeldes atearam fogo no mausoléu que guarda os restos de Hafez al-Assad, que governou o país durante 29 anos e é pai do ditador deposto.

Mas o novo governo interino da Síria quer diminuir a sua imagem de extremista e faz as contas com as finanças do país. Os resultados são os piores possíveis. A Síria não possui reservas em moeda estrangeira nos seus cofres.

O primeiro-ministro interino, Mohammed al-Bashir, disse ao jornal italiano “Corriere della Sera” que tem apenas libras sírias, cotadas a 35 mil por um dólar. Mohammed al-Bashir declarou que pretende trazer de volta milhões de refugiados sírios e fornecer serviços básicos.

Enquanto americanos e europeus discutem o fim das sanções econômicas, a Suíça informou nesta quarta-feira (11) que seus bancos têm mais de US$ 100 milhões em bens congelados de pessoas e instituições ligadas ao regime de Assad.

O líder dos rebeldes, al-Jolani, disse que os governos estrangeiros não devem se preocupar:

Rebeldes que tomaram o poder na Síria analisam situação financeira do governo enquanto buscam reconstruir o país — Foto: Reprodução/TV Globo

“As pessoas estão exaustas e não querem entrar em outra guerra. O país caminha para o desenvolvimento, reconstrução e estabilidade”, disse ele.

Teme-se que disputas entre grupos rivais mergulhem a Síria em um novo caos. Forças curdas apoiadas pelos Estados Unidos e rebeldes apoiados pela Turquia chegaram a um cessar-fogo no norte, com a mediação dos Estados Unidos.

No Vaticano, o Papa Francisco nesta quarta-feira (11) fez um apelo aos diversos grupos religiosos da Síria para caminharem juntos e em paz. Foi o seu primeiro comentário público sobre os acontecimentos em território sírio desde a queda de Bashar al-Assad.

"Espero que eles encontrem uma solução política, que, sem outros conflitos ou divisões, promovam responsavelmente a estabilidade e a unidade do país", disse Francisco.

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