Júri de ex-policiais por morte de homem asfixiado com gás lacrimogênio chega à fase final
Em Aracaju, jurados estão reunidos há duas horas para decidir se condenam ou absolvem três ex-agentes da Polícia Rodoviária Federal pela morte de um homem que foi asfixiado com gás lacrimogêneo.
Os três ex-agentes são acusados de homicídio triplamente qualificado por motivo fútil, asfixia e sem chance de defesa para a vítima. Respondem ainda pelo crime de tortura.
Ex-agentes da Polícia Rodoviária Federal acusados pela morte de um homem que foi asfixiado com gás lacrimogêneo. — Foto: Reprodução/TV Globo
O caso ocorreu em Umbaúba, em maio de 2022. Os agentes da Polícia Rodoviária Federal pararam Genivaldo, de 38 anos, em uma blitz porque ele pilotava, sem capacete, uma moto.
Depois de ser revistado e ouvir xingamentos, Genivaldo resistiu à prisão. Um dos agentes jogou gás de pimenta no rosto do rapaz. Na sequência, os policiais o colocaram no porta-malas da viatura e jogaram uma bomba de gás lacrimogêneo e trancaram o veículo. Genivaldo morreu asfixiado.
O ex-agente William Noia disse que chamou reforço porque Genivaldo resistiu à prisão e que só percebeu o uso de gás lacrimogêneo depois da bomba ter sido acionada.
Outro ex-agente, Paulo Rodolpho, admitiu ter detonado a bomba e disse que avaliava que o gás lacrimogêneo imobilizaria Genivaldo, mas não o mataria.
Kleber Nascimento Freitas afirmou que jogou spray de pimenta e que tentou reanimar Genivaldo, mas não conseguiu.
Ex-agentes da Polícia Rodoviária Federal são acusados pela morte de um homem que foi asfixiado com gás lacrimogêneo. — Foto: Reprodução/TV Globo
Genilvado sofria de esquizofrenia e fazia uso de medicamentos controlados.
Os três réus estão em um presídio militar desde outubro de 2022. A PRF demitiu os agentes em agosto de 2023.
Genilvado sofria de esquizofrenia e fazia uso de medicamentos controlados — Foto: Reprodução/TV Globo
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